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Imigrante sírio é hostilizado no Rio por vender esfihas

Brasileiro armado com dois pedaços de pau gritou que o Brasil foi invadido por 'homens-bomba' e chamou estrangeiros de 'miseráveis'

Por Da Redação
Atualizado em 4 ago 2017, 17h28 - Publicado em 4 ago 2017, 13h14

Um imigrante sírio que vendia esfihas e outros salgados árabes na esquina da Rua Santa Clara com a Avenida Nossa Senhora, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi hostilizado por brasileiros na última sexta-feira. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra um brasileiro armado com pedaços de pau gritando para o estrangeiro, identificado como Mohamed Ali, deixar o Brasil. Outros homens também endossaram o agressor e proferiram ofensas contra Ali.

“Saí do meu país. Eu sou brasileiro e estou vendo meu país ser invadido por esses homens-bomba que mataram e esquartejaram crianças e adolescentes. São miseráveis”, afirmou o homem, cuja identificação é desconhecida. Ele pediu que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e outras autoridades tomassem uma atitude para barrar a entrada de estrangeiros no Brasil. Também cantou a música “sou brasileiro, com muito orgulho e com muito amor” para ofender o sírio.

Os agressores seriam comerciantes locais que ficaram irritados com a concorrência na venda de alimentos. Um grupo ainda jogou os produtos que Ali vendia no chão. No vídeo, pessoas que passavam pelo local saíram em defesa de Ali e chamaram o agressor de “racista”. “Ele é trabalhador também”, disse uma mulher.

Em resposta ao vídeo, no Facebook, Ali disse que há três anos mora no Brasil. “Vim porque eles abriram as portas para todos os refugiados. Estamos trabalhando arduamente. Estou muito sentido, porque nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo.”

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Ali disse que não se colocou nessa situação por vontade própria. “Essa guerra me fez vir para cá. Vim com amor, porque os amigos sempre diziam que o Brasil aceita muito as outras culturas e religiões e as pessoas são amáveis. Todos os refugiados procuram paz”, disse. Não sou terrorista. Se eu fosse, não estaria aqui, estaria lá lutando como eles fazem. Obrigado a todos que ficaram ao meu lado. Tenho muitas esperanças no Brasil.”

Em outra postagem, Ali agradeceu as manifestações de apoio que recebeu após o incidente. “Espero paz pra viver. Sei que os brasileiros são muito amáveis, mas nunca poderia imaginar o quanto. Não estou com medo, pois sei que estou numa grande família.”

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