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Idosa que usou cartaz para pedir emprego já tentou vender órgãos

Em julho de 2015, Tereza Viega, de 72 anos, foi à Av. Paulista com cartaz em que colocava à venda um rim e um pulmão por ‘necessidades de sobrevivência’

Por Da redação
Atualizado em 29 set 2016, 08h12 - Publicado em 29 set 2016, 07h54

A busca por um emprego de diarista não foi a primeira vez em que Tereza Viega recorreu à Avenida Paulista para dar notoriedade a suas dificuldades. Em julho do ano passado, antes de ficar conhecida nas redes sociais por oferecer seus serviços de diarista ou passadeira por meio de um cartaz na avenida, a gaúcha de 72 anos foi vista na Paulista com um cartaz em que anunciava: “Tereza Beatriz, 70 anos, vendo um rim e pulmão por necessidades de sobrevivência”.

Ouvida à época por uma reportagem da TV Gazeta, Tereza alegou que pretendia vender seus órgãos para ajudar no recomeço da vida de seu filho João Antônio, preso por tráfico de drogas. “Quando meu filho sair, eu preciso ter um dinheiro, porque ele vai encontrar dificuldades para trabalhar”, disse a idosa, que chegou a ter duas propostas para efetivar a venda de seus órgãos.

Analfabeta, Tereza mora sozinha em um quarto de pensão na Barra Funda, bairro da zona oeste da capital paulista, e tem seis filhos, quatro deles vivendo em outro Estado. “Não peço dinheiro porque o dinheiro acaba e o serviço, não”, disse ao site de VEJA.

Ela conta que, após a divulgação de sua foto nas redes sociais nesta terça-feira, uma mulher ligou para oferecer uma máquina de costura. “Recusei porque não sei costurar. E gosto mesmo é de fazer faxina”. A popularização no Facebook já rendeu um serviço: Dona Tereza vai trabalhar como diarista todas as sextas.

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Depois de tentar vender seus órgãos, dona Tereza conheceu a fama e uma saída bem menos drástica para juntar algum dinheiro: uma vaquinha on-line, criada pela tradutora Alessandra Siedschlag. Até o fim da tarde de ontem, a vaquinha já havia arrecadado 18.846 reais. A quantia doada será entregue como presente de aniversário para Dona Tereza, que completa 73 anos no dia 16 de outubro.

Venda proibida

A venda de órgãos no Brasil é proibida pela lei 9.434, de fevereiro de 1997. A pena é de reclusão de três a oito anos e multa de 200 a 360 dias-multa. A legislação brasileira permite apenas “a disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante e tratamento”.

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