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Homofobia motiva mais uma agressão na Avenida Paulista

Dois arquitetos foram atacados com golpes de luminária de ferro. Um deles fraturou a mão e teve um corte na cabeça

Por Da Redação
29 ago 2011, 09h29

Na madrugada do último sábado, dia 27, a região da Avenida Paulista, em São Paulo, protagonizou mais um ataque promovido por homofóbicos. Pouco antes das 5 horas, dois arquitetos foram agredidos por um grupo de rapazes na esquina com a Rua Augusta. Pelos menos seis casos de agressão a gays aconteceram na região desde novembro de 2010.

Os arquitetos Bruno Chiarioni Thomé, de 33 anos, e Rafael Ramos, 30, caminhavam numa calçada perto da estação Consolação do metrô depois de deixarem uma casa noturna. “A primeira coisa que senti foi uma pedrada, ou uma garrafada”, diz Thomé. “Vimos um grupo de seis pessoas do outro lado da rua e fomos perguntar o que estava acontecendo. Aí eles já começaram a nos bater”. Thomé recebeu sete pontos em um corte na cabeça e teve um dedo da mão quebrado.

Os agressores utilizaram uma luminária de ferro para atacar os dois arquitetos, que são heterossexuais. Mesmo assim, informa Thomé, a agressão foi provocada por homofobia. “Certamente eles acharam que eu e meu amigo éramos um casal”, afirma Thomé. “Quando chegamos, eles gritaram: ‘sai daqui, seu veadinho’, e outras coisas desse tipo”, acrescenta. “Não somos gays e não tenho nada contra homossexuais. Isso tudo está se tornando um absurdo”.

Os agressores, que não roubaram nada da dupla, fugiram pelo metrô. Thomé e Ramos foram socorridos por agentes de segurança da companhia. A ocorrência foi registrada no 8º Distrito Policial, em Belenzinho.

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Manifestação virtual ─ Nesta segunda-feira, uma colega dos arquitetos agredidos lançou um protesto contra a violência na rede social Facebook. “Esse fim de semana aconteceu algo horrível com dois de nossos colegas da FAU USP”, escreveu Ana Beatriz Nestlehner, que integra a Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo, mesma instituição frequentada pelos arquitetos. “Apesar de não serem homossexuais , foram confundidos e agredidos por vários homofóbicos”.

Na página, que às 12h40 desta segunda-feira contava com 2.837 seguidores, Ana Beatriz reproduziu um depoimento do arquiteto Bruno Thomé: “Eu saí do Sarajevo com o Rafael Ramos a caminho do metrô. Quando cheguei na Paulista jogaram uma garrafa e uma pedra na gente. A pedra acertou minha cabeça. Logo em seguida começamos a nos defender. Além de socos e chutes, eles tinham uma luminária de metal que servia de bastão. Revidamos o quanto deu e eles foram embora pelo metrô”.

(Com Agência Estado)

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