A Operação Carta Branca, que desmantelou um esquema de emissão ilegal de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), agora pretende identificar os motoristas que se beneficiaram das carteiras falsas. “Quem comprou uma carteira falsa também cometeu um delito e deve ser punido”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Freire, segundo o jornal Estado de S. Paulo. De acordo com o presidente da Comissão de Trânsito, Cyro Vidal, o motorista que obteve o documento de forma irregular terá a carteira suspensa e pode ser impedido pelo juiz de tirar uma nova. Segundo Cyro, o motorista ainda pode responder por falsidade ideológica ou por corrupção ativa. Se indiciado por corrupção, a pena pode chegar a até 8 anos de prisão.
A quadrilha que emitia carteiras falsas na Grande São Paulo movimentou pelo menos 1,3 milhão de reais nos últimos dois anos. O esquema podia ser feito sem a presença do motorista e para simular a impressão digital, dedos de silicone eram utilizados. No mínimo 17 auto-escolas estavam envolvidas . A operação prendeu 19 pessoas e realizou 44 mandados de busca e apreensão.