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Falta de plano de emergência ameaça realização de evento evangélico no Aterro do Flamengo

Multidão e ônibus pararam a zona sul do Rio em abril do ano passado. Desta vez, prefeitura não quer deixar o planejamento à espera de um milagre

Por Da Redação
18 abr 2011, 20h33

O dia 21 de abril de 2010 ficou marcado na memória dos moradores do Rio como uma atípica, irritante e injustificável tarde de caos no trânsito. Um evento religioso realizado na Enseada de Botafogo, com perto de mil ônibus e um público estimado em quase um milhão de pessoas interrompeu o tráfego nos bairros de Botafogo e Flamengo, com reflexos em outras áreas da zona sul e chegando até aos caminhos alternativos por Santa Teresa e túneis de ligação com a zona norte.

Pouca gente se deu conta, mas o evento organizado pela Igreja Mundial do Poder de Deus há um ano, em Botafogo, já está planejado para a próxima quinta-feira, com o nome de “Concentração de Milagres”, marcado para as 9h, desta vez no Aterro do Flamengo. O palco e algumas torres para o sistema de som já estão na altura do Monumento aos Pracinhas – para pânico dos moradores que viram um feriado se transformar em dia de esperar horas dentro do carro, seja para ir ao supermercado ou para encontrar os amigos.

Desta vez, no entanto, a Polícia Militar, a Companhia de Engenharia de Tráfego e demais órgãos públicos não estão dispostos a deixar a organização se manifestar, por assim dizer, “por milagre”. E esse embate entre fé nos homens da coordenação e de descrença nas estruturas apresentadas até aqui para evitar transtornos é justamente o que ameaça a realização do evento.

Até esta segunda-feira, a apenas três dias do evento que prevê a concentração de cerca de 800 ônibus, as exigências para a realização do evento não tinham sido atendidas pela organização. Entre as falhas estão a falta de um plano de evacuação de emergência, para casos de pânico; um corredor para deslocamento de ambulâncias; e o sistema de monitoramento por câmeras. Todas são exigências da resolução 13 da Secretaria Estadual de Segurança – a mesma que opôs blocos e prefeitura nas semanas que antecederam o carnaval.

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Para constar: o carnaval deste ano, graças às exigências da secretaria, foi um dos maiores dos últimos tempos, mas também um dos mais organizados, com menos registros de transtornos no trânsito e nos bairros – incluindo aqui uma redução benéfica na quantidade de xixi nas ruas.

“Tivemos cinco reuniões no último mês, com presença dos organizadores e de representantes do poder público em várias esferas. Até a tarde desta segunda-feira, algumas das exigências não estavam contempladas no plano para o evento. Se o encontro for autorizado, a PM estará pronta para prestar segurança, com efetivo entre 80 e 100 homens”, explicou o comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, coronel Antônio Henrique de Oliveira.

Foi o 2º BPM que, por entender que havia falhas no planejamento, optou por não emitir a autorização para a realização do encontro. Restou aos organizadores, então, recorrer ao 1º Comando de Policiamento de Área (CPA), o que deve ocorrer na manhã desta terça-feira. Será realizada, então, a sexta reunião sobre as condições de trânsito e segurança para a manhã de milagres, comandadas pelo apóstolo Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus.

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