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Excesso na ação de policiais pode ser punido com expulsão

Secretário estadual de Segurança diz que vai investigar abusos cometidos durante operação no Complexo da Maré, que terminou com nove mortos

Por Da Redação
26 jun 2013, 14h54

A Secretaria Estadual de Segurança Pública promete investigar e punir excessos de policiais durante operação na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio, na terça-feira. O titular da pasta, José Mariano Beltrame, afirmou nesta quarta que se as reclamações de moradores forem confirmadas, os envolvidos podem até ser expulsos da corporação. O confronto, que começou com um tiroteio na noite de segunda, deixou nove mortos – três deles trabalhadores sem qualquer envolvimento com criminosos.

“Essas coisas têm de ser apuradas. Especulação não faz bem a ninguém. Temos aqui mais de 1.500 policiais expulsos. Isso não é problema, e se tiver que expulsar mais, vamos expulsar”, declarou Beltrame, em entrevista à rádio CBN, lembrando, porém, que a morte do sargento do Bope que teria desencadeado a ação policial também precisa ser investigada. “Infelizmente, o Rio vivia em alguns lugares a lógica da guerra, que não é mais a lógica da polícia. Quando o estado é atacado, nós vamos optar por agir, não vamos optar por nos omitir.”

O conflito começou ainda na noite de segunda-feira, depois que um grupo de viciados em crack, aproveitando-se de uma manifestação que congestionou o trânsito em Bonsucesso, promoveu um arrastão na região, fechando pistas e assaltando motoristas e pedestres. O grupo fugiu em direção à favela Nova Holanda e foi perseguido por policiais do Bope. O sargento Ednelson Jeronimo dos Santos Silva, de 42 anos, foi morto na troca de tiros. Mas moradores e representantes de organizações não-governamentais afirmam que a tropa agiu de forma truculenta sem distinguir moradores e bandidos.

A Polícia Militar limitou-se a dizer que entre os mortos há cinco criminosos, além do policial, e não confirma oficialmente que os demais são moradores inocentes. Em nota, a Polícia Civil informou que a investiga “as circunstâncias das mortes e os participantes do confronto”. Segundo o secretário, a apuração das mortes está a cargo da Delegacia de Homicídios. Beltrame afirmou ainda que a Secretaria de Segurança concluiu o planejamento para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo da Maré, mas não informou quando ela será instalada.

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