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Ex-procurador diz que PF pediu para segurar Vegas

Por Da Redação
10 Maio 2012, 19h38

Por Ricardo Brito

Brasília – O ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza afirmou, em entrevista à Agência Estado, que a Polícia Federal foi quem pediu para segurar a investigação da Operação Vegas em 2009. Na terça-feira, o delegado Raul Alexandre Marques Sousa disse, em sessão reservada da CPI do Cachoeira, que a apuração foi parada no momento em que apareceram conversas do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e os deputados Sandes Junior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

A investigação foi enviada ao atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em setembro de 2009. A mulher de Gurgel, a subprocuradora Cláudia Sampaio, foi designada por ele para avaliar o caso. Ela considerou na ocasião que não havia indícios suficientes para que sugerisse ao marido pedir a abertura de investigação contra esses parlamentares no Supremo Tribunal Federal (STF).

Antonio Fernando, que deixara a chefia do MP em julho daquele ano, telefonou recentemente para Cláudia para saber dela se a investigação da Operação Vegas chegou ainda na gestão dele. A subprocuradora disse-lhe que não, mas detalhou a ele que foi a PF que pediu que a apuração não fosse encerrada. “A deliberação seria pelo arquivamento”, afirmou.

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O ex-chefe do MP classificou como uma “bobagem” a discussão que está sendo travada em relação ao caso. “Nada foi feito para postergar a investigação. O objetivo é fazer uma investigação que dê resultado. E a apuração deu. Se fosse arquivado lá atrás, nada teria sido revelado”, disse. Ele ressaltou que Gurgel tem suas “razões de conveniência” para abrir uma investigação ou não e que não há nada de “ilegal” na decisão.

Ele saiu em defesa do trabalho de Cláudia, chamando-a de profissional “competente” e “dedicada”. “É uma das pessoas mais preparadas da área criminal no Ministério Público Federal”, afirmou.

Autor da denúncia do mensalão, Antonio Fernando não quis comentar se as críticas à atuação de Cláudia e de Gurgel tem relação com o julgamento do escândalo pelo STF, que deve ocorrer ainda este ano. “Não posso fazer essa avaliação. Eu estou aposentado. Mas as declarações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, falam por si”, disse.

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