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Ex-prefeito Cesar Maia distribui cartilha ‘anti-Paes’

Militantes vão oferecer livreto a servidores na sexta-feira. Candidato a vereador, Maia tenta ao mesmo tempo enfraquecer rival e promover Rodrigo Maia e o DEM

Por João Marcello Erthal, do Rio de Janeiro
2 ago 2012, 09h29

A corrida pela prefeitura do Rio ainda não esquentou a ponto de envolver os eleitores. Mas é provável que, a partir desta sexta-feira, a campanha suba alguns graus. O roteiro dos próximos dois dias tem, além do início do julgamento do mensalão e do primeiro debate entre os candidatos, na quinta-feira, um ataque franco do DEM ao prefeito Eduardo Paes (PMDB), previsto para sexta-feira pela manhã. Ex-prefeito do Rio e candidato a vereador, Cesar Maia, assina uma cartilha de 12 páginas com 19 ataques à administração do peemedebista. O documento ‘anti-Paes’, com tiragem inicial de 10.000 exemplares, começa a ser distribuído nas barbas do ‘inimigo’: em frente ao Centro Administrativo São Sebastião (CASS), sede administrativa da prefeitura, por militantes da Juventude Cesar Maia.

O Livreto Ao Povo Carioca foi impresso na tarde de quarta-feira. O conteúdo é o esperado: Maia ataca o ex-aliado – Paes é uma ‘cria’ do ex-prefeito – e devolve, agora na condição de estilingue, as ofensivas que recebe desde que Paes se lançou à prefeitura, nas eleições de 2008. Dos 19 itens, dois são dedicados aos servidores municipais, grupo historicamente ligados a Maia e entre os quais ele goza de prestígio. Os ataques vão desde a política urbana aos projetos olímpicos, passando por saúde, educação e comparando as ações de ordem urbana – o choque de ordem – às “SA germânica de triste memória”.

Mais que os ataques propriamente ditos, a estratégia marca a entrada no cenário de um personagem que pode ser decisivo. Rodrigo Maia é o candidato a prefeito. Mas é do pai, Cesar, que a população se lembra – seja por amor ou ódio. Ex-prefeito em três mandatos, Cesar sabe jogar com a opinião pública e conhece a máquina administrativa como ninguém. Os ‘factoides’ de seu primeiro governo (1993-1996) ganhavam repercussão muito além da cidade, e a ofensiva de agora é uma tentativa de criar um efeito cascata: mira no arquirrival, ajuda a promover a candidatura de Rodrigo Maia, faz pressão para levar a decisão para o segundo turno e, claro, lembra ao eleitorado que ele próprio está na disputa.

Cesar está no jogo por duas razões principais: ajudar o filho e salvar o DEM. Em entrevista ao site de VEJA, em 2011, o ex-prefeito fez a seguinte conta: “Chova ou faça sol, eu tenho 20% dos votos (cerca de 700.000) no Rio em eleição majoritária”. Com folga, avalia, dá para chegar à metade (350.000) em uma eleição proporcional, o suficiente para elegê-lo, mas um cálculo complexo e incerto sobre quantas cadeiras a legenda conseguiria no Legislativo.

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