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Ex-diretores da Anac reforçam denúncias de Denise

Por Isadora Pamplona
5 jun 2008, 08h46

Dois ex-diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) corroboraram a acusação feita pela ex-colega Denise Abreu de que a Casa Civil influenciou na compra da companhia aérea Varig. Leur Lomanto e Jorge Velozo confirmaram, em entrevista publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, a denúncia de que houve favorecimento ao fundo Matlin Patterson no processo de aquisição da empresa.

“A ministra (Dilma Roussef) e a Erenice (Guerra, secretária-executiva) diziam que a gente estava criando dificuldades”, disse Lomanto. “Não sei se chamaria isso de pressão, mas o problema é que queriam culpar a Anac pela quebra da Varig. Mas a realidade era outra. Eles não cumpriam as exigências”, afirmou.

O ex-diretor disse que a transferência acionária da empresa de transporte aéreo de cargas VarigLog foi aprovada para que a Anac não fosse eventualmente acusada de ter quebrado a empresa. “Votamos em cima do parecer do procurador, que dizia que não era competência da Anac exigir os documentos”, justificou.

Provas – Na quarta, Denise Abreu afirmou que possui documentos que comprovam a ingerência da Casa Civil na venda da VarigLog e da Varig ao fundo americano. “Todo o processo da VarigLog está conosco e mostra a seqüência dos procedimentos adotados na Anac”, disse. Entre os documentos, haveria ofícios expeditos pela Anac requisitando a origem de capital e a declaração de renda dos sócios brasileiros, Marco Antônio Audi, Marcos Haftel e Luiz Gallo.

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Segundo Denise, a ministra Dilma Rousseff e sua secretária-executiva, Erenice Guerra, pressionaram a direção da Anac a tomar decisões favoráveis ao grupo. Ela disse ainda que que não tem conhecimento se houve pagamento pelo favocimento na Casa Civil. “Desconheço quem tenha recebido qualquer tipo de benefício econômico, até porque eu não participei de nenhuma negociação que perpassasse por qualquer tipo de favorecimento.”

A ex-diretora deu ainda detalhes do favorecimento do governo sobre a agência. “Participávamos de reuniões técnicas, na Casa Civil, com um tipo de ingerência do poder central que é o governo sobre uma agência reguladora, que deveria ter autonomia absoluta nas suas decisões para bem regular o mercado”, contou.

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