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Em Nova York, Doria volta a atacar Lula e exalta Alckmin

Ao receber homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, prefeito de São Paulo disse que os governos petistas "quase destruíram" o Brasil

Por Da redação
Atualizado em 18 Maio 2017, 16h37 - Publicado em 17 Maio 2017, 15h41

Ao receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York, na noite de ontem, o prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), pretendia fazer um discurso centrado em sua gestão na capital paulista, mas fugiu do script para atacar os governos petistas, especialmente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e se apresentar como o seu antídoto.

“Eu vou continuar a ser o João trabalhador. Eu vou continuar a ser uma pessoa que vai trabalhar e que vai se dedicar exatamente de forma oposta àquilo que Luiz Inácio Lula da Silva e seus asseclas nunca fizeram nos últimos anos no Brasil: trabalhar, trabalhar, trabalhar”, afirmou o prefeito, no momento mais aplaudido do discurso em que agradeceu o prêmio “Personalidade do Ano”.

“Vocês não podem se calar”, disse Doria à plateia de homens de smoking e mulheres de vestidos longos, formada por empresários e executivos. “Essa maioria, se silenciosa ficar, a minoria ruidosa vai ganhar. E não pode. Não pode. Porque ninguém quer para os seus filhos e para os seus netos aquele mundo que estava previsto até um ano atrás”, completou.

O tucano afirmou que os petistas “quase destruíram” o Brasil e sua economia e disse que será uma voz para “lembrar essas mazelas”. Em nenhum momento Doria fez referência explícita à disputa presidencial ou à sua potencial candidatura, mas toda a simbologia do evento apontava nessa direção.

Doria foi apresentado pelo publicitário Nizan Guanaes, que leu uma carta de Fernando Henrique Cardoso, na qual o ex-presidente elogiou a capacidade do prefeito de se comunicar com a população. “Gestos e palavras são meios adequados para ser a chave da política contemporânea”, disse FHC.

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O pronunciamento do prefeito foi precedido de um vídeo sobre sua trajetória, da infância até sua eleição no primeiro turno no ano passado. A peça foi encerrada com a imagem da bandeira do Brasil e a música que celebrava as vitórias de Ayrton Senna.

A sombra da candidatura também apareceu nos sucessivos elogios de Doria a outro presidenciável tucano que estava na cerimônia, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Esse homem político extraordinário, meu amigo de 37 anos”, exaltou o prefeito, que se referiu ao governador mais três vezes em um discurso de menos de 20 minutos.

Na manhã desta terça, João Doria contemplou pela primeira vez a possibilidade de disputar a prévia do PSDB para definição do candidato do partido à presidência, o que o colocaria na posição de rival de seu padrinho político.

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O prêmio da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em Nova York é concedido todos os anos a um brasileiro e a um americano que tenham se destacado no fortalecimento de laços entre os dois países. A edição desta terça-feira foi a 47ª. Doria foi homenageado ao lado de Thomas Shannon, ex-embaixador dos EUA no Brasil que hoje ocupa a Subsecretaria para Assuntos Políticos no Departamento de Estado – um dos mais importantes postos da diplomacia americana.

No ano passado, os homenageados foram o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e o ex-secretário do Tesouro dos EUA Timothy Geithner. Em 2015, o prêmio foi entregue aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton.

Antes da cerimônia, o prefeito recebeu cumprimentos no saguão de entrada do Museu de História Natural, onde os convidados faziam selfies em frente aos esqueletos de dinossauros que ocupam o centro do salão. Entre os representantes do PIB brasileiro estavam Roberto Setúbal, do Itaú, Luiz Trabuco, do Bradesco, e Benjamin Steinbruch, da CSN.

(com Estadão Conteúdo)

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