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Doria veta, mas CUT mantém ato de 1º de Maio na avenida Paulista

Prefeitura diz que não pode haver show na via em razão de acordo com o MP; central diz que evento é político, apesar da apresentação de músicos como Emicida

Por Da Redação 27 abr 2017, 22h29

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), proibiu a Central Única dos Trabalhadores (CUT) de fazer na Avenida Paulista na próxima segunda-feira o seu evento de celebração de 1º de Maio, Dia do Trabalho. A central sindical, no entanto, manteve o ato, previsto para as 12h na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

“A Prefeitura Regional da Sé notificou a CUT sobre a impossibilidade de realização de um show de 1º de Maio que está sendo divulgado para a próxima segunda, na Avenida Paulista. Além de a central sindical não ter pedido autorização para a apresentação, a iniciativa fere o Termo de Ajuste de Conduta assinado pela administração municipal em 23 de março de 2007 com o Ministério Público, que permite a realização de apenas três eventos por ano na via”, disse a prefeitura em nota.

O TAC a que se refere a prefeitura foi firmado pela prefeitura e o Ministério Público e prevê a realização de três eventos por ano na via. Os eventos autorizados pela administração municipal são a Parada Gay, a festa de Réveillon e a Corrida de São Silvestre.

No dia 26 de março, um domingo, no entanto, o Movimento Brasil Livre (MBL), que apoia o prefeito, realizou uma manifestação na Paulista e não teve objeção da prefeitura.  O nó da questão é que o governo municipal não considera o evento da CUT um ato político, como foi o do MBL – em apoio à Lava Jato e pelas reformas -, mas um show.

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Isso porque o evento da CUT prevê várias atrações musicais, entre elas os rappers Emicida e Mc Guimê e a sambista Leci Brandão. No ano passado, também com shows, o evento da central sindical foi no Vale do Anhangabaú. Neste ano, a CUT, com outras centrais sindicais e grupos de esquerda, também fez um protesto na Paulista, no dia 15 de março, que teve inclusive a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A CUT, porém, considera o seu ato de 1º de Maio um evento político e, em seu site, classifica o evento como um dia de resistência contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo presidente Michel Temer.

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“Nesta data histórica, os trabalhadores enfrentarão uma conjuntura adversa, com ameaça de enormes retrocessos nos direitos trabalhistas e previdenciários. Por isso, este 1º de Maio será de extrema importância, além de ser o primeiro grande ato após a greve geral que paralisará o país no dia 28 de abril”, afirma ao site da central o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.

Segundo a central, o ato também irá celebrar os cem anos da histórica greve de 1917, “que durou três dias e paralisou a capital paulista por liberdade e aumento salarial, marcando os primeiros tempos de organização operária no Brasil”.

De acordo com a prefeitura, se a CUT fizer o ato, ela estará sujeita à aplicação de multas, conforme prevê a lei 16.402/2016. O artigo 138 veda a realização de eventos públicos temporários sem prévia autorização, quando exigida, e fixa multa no valor de R$ 20 por metro quadrado ocupado pelo evento.

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