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Doria deve ser o candidato com maior tempo de TV em São Paulo

O prefeito Fernando Haddad vem na sequência. Propaganda eleitoral começará a ser transmitida em 26 de agosto

Por Da Redação
11 jul 2016, 10h31

Faltando pouco mais de um mês para o início da campanha eleitoral, o prefeito Fernando Haddad (PT) e o empresário João Doria (PSDB) aparecem como donos de mais da metade do tempo de TV reservado à propaganda dos candidatos que disputarão a prefeitura de São Paulo. Com a retaguarda de duas máquinas governamentais, o governo estadual e a prefeitura, o tucano e o petista já reuniram em seus palanques o apoio de treze legendas que, juntas, contam com mais de cinco minutos em cada um dos dois blocos de dez minutos na TV aberta e rádio. A propaganda começa a ser transmitida em 26 de agosto.

Aliado do governador Geraldo Alckmin, Doria já conta com o apoio declarado de PSB, PV, PPS, PMB, PHS e PP. Nesta segunda-feira, ele anunciará a adesão de mais uma sigla, o DEM. Com esse arco de alianças, o tucano terá o maior tempo. Em sua primeira disputa eleitoral, o empresário conta com três minutos e dois segundos em cada bloco, que tem dez minutos. Outros doze minutos e 45 segundos diários serão distribuídos diariamente em inserções de trinta ou quinze segundos ao longo do dia.

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Já Haddad, que tentará a reeleição, tem ao seu lado PCdoB, PR, PDT e PROS. Isso lhe garante dois minutos e trinta segundos em cada bloco e dez minutos e 28 segundos para dividir em pequenas inserções diárias. A polarização entre o tucano e o petista deixou os demais pré-candidatos sem opções para ampliar o tempo de TV.

Mesmo com apoio do presidente interino Michel Temer, a senadora Marta Suplicy, do PMDB, deve contar apenas com o tempo de TV do seu partido, que é de 1 minuto e 45 segundos em cada bloco e cinco minutos e dez segundos para dividir em propagandas de quinze ou trinta segundos.

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O vereador Andrea Matarazzo, que é pré-candidato pelo PSD, terá apenas 43 segundos em cada bloco de dez minutos e pouco mais de três minutos para dividir em pequenas propagandas diárias.

Como todos os partidos grandes e médios já fecharam suas posições, os postulantes à prefeitura de São Paulo tentam agora atrair um bloco de sete legendas “nanicas”. As articulações têm de ser finalizadas até a primeira semana de agosto, quando termina o prazo para as convenções partidárias que oficializarão as candidaturas.

Emparedado entre o PSDB e o PT, o vereador Andrea Matarazzo (PSD) diz que já esperava a polarização. “São as duas máquinas que estão atraindo esses partidos. Não tem como dizer que são coligações programáticas ou ideológicas”, afirma ele. Tucanos e petistas negam que exista uma troca, mas Alckmin e Haddad promoveram mudanças em seus secretariados para acomodar aliados. Para receber o apoio do PR, Haddad entregou duas pastas à sigla, Esporte e Meio Ambiente.

O PCdoB tem a Educação e SPTuris, o PDT, a secretaria de subprefeituras e o PROS, a de Turismo. “Os partidos que estão com o Haddad compõem o governo faz tempo, já os que estão com Doria foram levados ao governo agora”, diz Paulo Fiorilo, presidente do PT paulistano. Os tucanos rebatem e dizem que a maioria das siglas que declararam apoio ao pré-candidato do PSDB também são aliadas antigas do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. “Todos os partidos que contam com tempo relevante de TV estão conosco faz tempo”, diz Julio Semeghini, coordenador da pré-campanha de Doria. A exceção é o PP, que espera assumir uma pasta estadual. Alckmin conta com três secretarias ainda abertas para contemplar aliados, Turismo, Logística e Transporte e Cultura.

Na última pesquisa Ibope sobre a disputa em São Paulo, divulgada no dia 21 de junho, Celso Russomanno (PRB) apareceu na liderança, com 26% das intenções de voto. Marta Suplicy (PMDB), Luiza Erundina (PSOL), Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB) e Andrea Matarazzo (PSD) aparecem em segundo, em situação de empate técnico.

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A polarização entre PSDB e PT no processo de formação do palanque eletrônico para a eleição municipal de São Paulo levou aliados da senadora Marta Suplicy, pré-candidata do PMDB, a tentar uma aproximação com o PSD, do vereador Andrea Matarazzo. A ideia de unir os dois postulantes na mesma chapa conta com o aval do presidente em exercício Michel Temer com a simpatia do ministro Gilberto Kassab, fundador do PSD, e com a aprovação da senadora. Uma eventual chapa Marta-Andrea teria cerca de oito minutos para dividir em inserções ao longo do dia.

A movimentação esbarra em Matarazzo, que não abre mão de ser candidato para ocupar um posto de vice. “Por coerência, não existe nenhuma possibilidade de eu ser vice da Marta. Fui um grande crítico do governo dela”, diz o vereador. Com todos os grandes e médios partidos comprometidos, Marta, Andrea e o líder das pesquisas de opinião sobre a sucessão paulistana, Celso Russomanno (PRB), tentam atrair o apoio de sete legendas nanicas que ainda não se posicionaram.

São elas PSC, PT do B, PSL, PEN, PRP, PMN e PTN. Russomanno esteve próximo de fechar com PTB e SD, mas perdeu o apoio devido à insegurança jurídica de sua candidatura. O deputado decidiu antecipar sua convenção de 31 para 24 de julho.

(Com Estadão Conteúdo)

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