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Dois pescadores desaparecidos são encontrados mortos

Por Da Redação
27 jun 2012, 19h20

Por Felipe Werneck

Rio de Janeiro – Dois pescadores que estavam desaparecidos desde sexta-feira foram encontrados mortos no domingo e na segunda-feira na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Almir Nogueira do Amorim, de 45 anos, e João Luiz Telles Penetra, de 40, atuavam na Associação Homens do Mar (Ahomar), que defende a pesca artesanal e luta desde 2007 contra empreendimentos da Petrobrás na baía.

“Se trata de assassinato. O amigo, fundador da associação e primo da minha esposa (Almir) foi achado amarrado com as mãos para trás e com marcas de execução”, escreveu o presidente da associação, Alexandre Anderson, em comunicado enviado à imprensa. Segundo ele, Penetra, também conhecido como “Pituca”, era uma liderança e único articulador do grupo na Ilha de Paquetá. “Nos ajude! Estão matando nossos amigos ! Nosso sonho! O pior é que não tem polícia na praia de Mauá (em Magé, na Baixada Fluminense), onde eu moro”.

Anderson vive sob escolta armada desde 2009, por meio do Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos. Ele afirma ter sofrido ameaças após protestos organizados pela associação contra empreendimentos realizados na baía. O grupo alega que as intervenções prejudicam a pesca. Desde 2009, outros dois pescadores foram mortos na baía. O primeiro, depois que o grupo conseguiu suspender obras para instalação de dutos do projeto GLP na praia de Mauá. Anderson já protocolou denúncias acusando a presença de homens armados em canteiros de obras na região.

O corpo de Amorim foi encontrado no domingo em uma área de currais (armadilhas para captura de peixes), amarrado a um barco naufragado, em Mauá. Penetra foi achado na segunda-feira, boiando na baía, perto de um estaleiro. Os dois teriam sido vítimas de afogamento. Os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. No enterro de Penetra, terça-feira, parentes dele suspeitavam que a morte tenha sido causada por uma disputa por áreas de pesca na baía. Segundo um dos primos do pescador, há vários currais com “milícias marítimas”.

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