Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Deputado contraria base e pauta votação de PEC da eleição direta

Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), presidente da CCJ, disse que não vai ficar travando a comissão por ‘uma conveniência que não se justifica’; governistas criticam

Por Da Redação
6 jun 2017, 17h38

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), decidiu marcar para a próxima terça-feira a apreciação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Eleição Direta. Contrariando a base governista, ele alegou que a comissão está há duas semanas paralisada. “Não posso travar a CCJ eternamente por uma conveniência que, para mim, não se justifica”, declarou.

Para o peemedebista, na próxima semana, “o governo terá de enfrentar essa realidade”. Ele lembrou que a CCJ do Senado já conseguiu aprovar uma proposta de conteúdo semelhante. A oposição concordou com a data agendada e retirou os requerimentos que obstruíam os trabalhos. A base aliada, no entanto, manteve os requerimentos para continuar obstruindo as sessões. O grupo governista teme não ter votos suficientes para barrar a PEC na comissão.

O vice-líder do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS), alegou que o tema não é de interesse do governo e que votar a PEC na CCJ é “botar mais querosene” na situação. “Não quero eleição direta para votar no Lula. É um golpe na Constituição”, discursou. O deputado Fausto Pinato (PP-SP) pregou cautela. “O momento é de serenidade. Não podemos criar um fato político neste momento”, afirmou.

A aprovação da mudança na Constituição pode abrir caminho para que o sucessor do presidente Michel Temer (PMDB), caso ele saia do cargo em razão das investigações de que é alvo, seja escolhido por meio de eleição direta, como querem alguns partidos da oposição, como Rede, PSOL e PT.

Continua após a publicidade

Nas últimas duas semanas, atos no Rio de Janeiro e em São Paulo – apoiados por artistas como Wagner Moura, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Criolo, Mano Brown e Emicida – reuniram milhares de pessoas para pedir eleição direta para presidente, caso o cargo fique vago.

Hoje, de acordo com a Constituição, caso Temer saia, quem assume é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que terá 30 dias para convocar eleição indireta, na qual o novo presidente seria escolhido pelos deputados federais e senadores e governaria o país até a posse do vencedor das eleições de 2018.

Continua após a publicidade

Na semana passada, a CCJ do Senado aprovou uma PEC que prevê eleições diretas para a Presidência da República em caso de vacância até o terceiro ano de mandato. A decisão foi unânime, após acordo entre governo e oposição para que fosse removido um artigo determinando que a medida tenha validade imediata. O artigo, no entanto, pode ser restabelecido em plenário.

(Com Estadão Conteúdo)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.