Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cunha indica Temer como testemunha em ações sobre a Caixa

Processo apura liberação irregular de recursos do banco a empresas privadas; é a terceira vez que o ex-deputado federal indica o presidente como testemunha

Por Da Redação
Atualizado em 21 jun 2017, 19h49 - Publicado em 21 jun 2017, 16h45

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) voltou a indicar o presidente Michel Temer (PMDB) como testemunha de defesa em ações penais relacionadas a suspeitas de irregularidades envolvendo a Caixa Econômica Federal. Em audiência realizada na terça-feira, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, em Brasília, determinou que Cunha apresentasse no prazo de cinco dias os quesitos a ser respondidos por Temer.

É a terceira vez que Cunha indica Temer como testemunha. Uma delas foi na ação em que o ex-presidente da Câmara foi condenado a quinze anos de prisão no âmbito da Lava Jato, em março, pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, no recebimento de propina pela venda à Petrobras de um campo de petróleo no Benin, na África.

Em fevereiro, o juiz Sergio Moro vetou 22 das 41 perguntas formuladas por Cunha e direcionadas a Temer, por entender que o conteúdo não tinha relação com a ação penal.

A segunda vez em que o presidente foi arrolado foi na ação penal da Justiça do Distrito Federal que investiga a liberação de recursos do FI-FGTS por meio de pagamento de propina. O mesmo juiz Vallisney autorizou e encaminhou as dezenove perguntas formuladas por Cunha a Temer. 

Em conversa no Palácio do Jaburu em março deste ano com Joesley Batista, dono da JBS, gravada pelo empresário, Temer reclamou da postura do ex-aliado de arrolá-lo como testemunha fazendo perguntas que tentam comprometer o presidente. “O Eduardo resolveu me fustigar”, diz o presidente na gravação.

Continua após a publicidade

Ações da Caixa

As ações penais envolvendo a Caixa são relacionadas às operações Sépsis e Cui Bono ?, da Polícia Federal, que investigam suspeitas de irregularidades na liberação de recursos do banco estatal para grandes empresas. Entre as companhias que teriam sido beneficiadas estão a Eldorado Celulose, da holding J&F (que controla a JBS), a Marfrig, o Grupo Bertin e a BR Vias, de acordo com as investigações da PF.

Além de Cunha, que está preso em Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato,  figuram como denunciados nos processos da Operação Sépsis o operador financeiro Lúcio Funaro e o ex-deputado e ex-ministro de Temer Henrique Eduardo Alves (PMDB), que também se encontram presos preventivamente.

De acordo com as investigações, o esquema envolvia a liberação de recursos da Caixa para as companhias por meio de direcionamento político, com participação de Cunha, em troca de pagamento de propina.

(Com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.