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Com menos recursos, candidatos tentam encurtar tempo de TV

Em ao menos quatro capitais onde haverá segundo turno, os candidatos discutiram a redução do tempo a que têm direito

Por Da redação
7 out 2016, 08h51

As mudanças na legislação que afetam os cofres das campanhas neste ano motivaram um movimento atípico em relação às propagandas eleitorais no rádio e na TV no segundo turno. Em ao menos quatro capitais onde haverá disputa, candidatos discutiram a redução do tempo a que têm direito.

Diferentemente do primeiro turno, onde o espaço de cada chapa é definido com base na representatividade dos partidos que formam as coligações, na segunda fase da disputa ele é dividido em 10 minutos em cada bloco para cada chapa. Em Recife e em Goiânia a Justiça Eleitoral aceitou a solicitação. No Rio, a redução não prosperou e, em Cuiabá, os candidatos aguardam posição dos juízes eleitorais.

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Na capital pernambucana, os dois candidatos a prefeito que disputarão o segundo turno, Geraldo Julio (PSB) e João Paulo (PT), entraram em um acordo para reduzir o tempo pela metade. Em vez de dez minutos, cada um terá cinco minutos de programa, duas vezes ao dia. Segundo as assessorias de comunicação de ambas as campanhas, a solicitação teve como motivo o alto custo de produção do material.

Entre a população, as opiniões são divergentes. A dona de casa Joana Farias não gostou. “Eu acho o horário eleitoral importante, porque podemos conhecer mais sobre as propostas dos candidatos e também a experiência de cada um”, afirmou. Já o motorista Eliseu Juvenal, 34, gostou da medida. “Eu acho essa propaganda eleitoral muito ruim e gostei dessa notícia de que vai ser mais curta. Para mim, aliás, não faz a mínima falta”, disse.

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No primeiro turno, Geraldo Julio tinha cinco minutos em cada bloco de propaganda, o dobro do tempo de João Paulo, que teve dois minutos e meio em cada edição diária.

Para o cientista político Flávio Santos, especialista em propaganda eleitoral, a redução de tempo tende a beneficiar o candidato que chegou ao segundo turno com maior porcentual de votos. “Naturalmente quem está na frente alcançou um maior resultado da fixação de sua mensagem durante a propaganda eleitoral no primeiro turno e já chega ao segundo com um saldo positivo”, afirmou.

Em Goiânia, o tempo de TV também foi reduzido à metade após acordo entre Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan (PSB). “A decisão considerou que a proposta apresentada garante uma propaganda enxuta, de baixo custo, menos cansativa e enfadonha, capaz de atrair a atenção do eleitor para as propostas dos candidatos a prefeito desta capital”, justificou o TRE-GO.

Na capital fluminense, onde Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) estão na disputa, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) confirmou na quinta-feira que os candidatos terão os 10 minutos de programa na TV cada um, como previsto na lei eleitoral. Os adversários tinham discutido a possibilidade de diminuir as inserções pela metade para diminuir os gastos com a produção dos programas. Porém, depois de o juiz da fiscalização eleitoral, Marcelo Rubiolli, sinalizar posição contrária à redução, decidiram não formalizar o pedido.

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A opção seria que os candidatos utilizassem parte do tempo com uma tela azul, o que não teria agradado às chapas. Inicialmente, a data de início das inserções havia sido programada para 15 de outubro, mas as duas campanhas pediram para que fosse antecipada, o que foi atendido pela Justiça Eleitoral. O horário eleitoral na cidade volta na segunda-feira.

“O meu entendimento é que, quanto mais informação para o eleitor, melhor. Então, nada mais razoável do que manter o máximo de tempo possível”, disse o juiz eleitoral Marcelo Rubiolli.

(Com Estadão Conteúdo)

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