Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Center Norte: corredores vazios após alerta de vazamento

Comerciantes e clientes confirmam que movimento caiu após ordem de interdição do shopping por causa de gás metano

Por Marina Pinhoni
28 set 2011, 21h52

As lojas do shopping Center Norte abriram normalmente nesta quarta-feira, mas ficou evidente tanto para os comerciantes quanto para os clientes que houve uma queda brusca no movimento desde o alerta da Cetesb sobre o vazamento de gás metano. Na última terça-feira, a prefeitura estipulou um prazo de 72 horas, que vence às 11h desta sexta, para que o shopping seja fechado e medidas de correção sejam tomadas. Nesta quarta, Ministério Público e Center Norte assinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para evitar o risco de explosão. Segundo o MP, a ordem de interdição está mantida. Em nota, o shopping informou que o TAC “não impede as medidas legais para evitar a interdição do estabelecimento”.

O gerente de um tradicional restaurante, que funciona no local desde que o shopping foi aberto, estima que o movimento tenha caído em até 60% entre terça e quarta-feira. Já a operadora de caixa de uma loja de presentes, Lucelina Alves, acredita que as vendas tenham caído 70% nesses dois dias. Ela disse que alguns clientes estavam com medo e perguntaram se as informações eram verdadeiras.

O tenente da Polícia Militar (PM) Valdir Palma se impressionou nesta tarde ao não encontrar ninguém na fila do cinema. “Isso é totalmente incomum para o horário, eu sei porque trabalho aqui perto e venho sempre ao shopping. O pessoal deve estar com bastante medo”, disse. Palma, contudo, não se assustou com os possíveis riscos: “Eu vim porque um colega me disse que todas as lojas estavam em liquidação por causa do fechamento (determinado pela prefeitura), mas infelizmente não era verdade”, acrescentou com descontração.

Edilene Oliveira: “Minha patroa está muito preocupada porque essa é a única fonte de renda dela” (VEJA)
Continua após a publicidade

Edilene Oliveira, que trabalha em um quiosque de produtos com símbolos do Brasil, contou que só não sentiu mais a queda porque muitos de seus clientes não estavam sabendo do ocorrido. “Temos muitos clientes gringos e pessoas de fora da cidade, por isso não sentimos tanto. Mas minha patroa está muito preocupada, essa é a única fonte de renda dela”.

Temor – O Sindicato dos Comerciários de São Paulo teme pela situação dos cerca de 6.000 funcionários do shopping. Pela manhã, os integrantes fizeram uma manifestação reivindicando segurança e garantia de emprego. Eles distribuíram panfletos pelas lojas. Segundo o panfleto, está marcada uma reunião para o dia 3 de outubro com a direção do shopping para exigir que as medidas de prevenção sejam tomadas.

Para alguns clientes habituais do shopping a rotina de visita se manteve inalterada. Camila Borges e seu marido André Luís Borges afirmaram que vão continuar indo ao local, pois consideram o melhor da região. “É o (shopping) que a gente mais frequenta, tem todas as lojas que a gente gosta. Nós confiamos que se for algo realmente sério eles (administração do Center Norte) vão tomar todas as providências”, afirmou Camila, que passeava tranquilamente com o marido e a filha de dois anos e meio.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.