Cenipa ouve familiares das vítimas e testemunhas de acidente em Santos

Uma semana depois do acidente aéreo que matou o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, e mais seis pessoas, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou nesta quarta-feira que está colhendo o depoimento de familiares do candidato do PSB e seus assessores e testemunhas do acidente para entender os fatores que levaram a aeronave a cair sobre um bairro residencial de Santos, no litoral de São Paulo.

O Cenipa informou também que já avaliou a documentação referente à manutenção do jato – segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), os registros estavam em dia. Não há prazo para a conclusão da investigação, segundo a Aeronáutica.

Caixa-preta – A Aeronáutica já constatou que a caixa-preta não gravou diálogos dos pilotos no voo acidentado – a leitura do gravador de voz do Cessna 560XL (prefixo PR-AFA) retornou o áudio de um voo anterior ao que matou Campos. O motivo desse defeito ainda está sendo apurado. A comissão de investigação do Cenipa ainda vai apurar os fatores relativos ao projeto e à fabricação do jatinho.

Flaps – Análises preliminares das peças do avião apontam que os “flaps” das asas, extensões acionadas para aumentar a frenagem e facilitar a aterrissagem, estavam recolhidos no momento da queda, o que indica que o avião não arremeteu com o dispositivo aberto, procedimento que causaria instabilidade e poderia levar o jato a um “mergulho” em direção ao solo.

Câmera de segurança – Imagens da câmera de segurança de um prédio em obras, que gravou o avião caindo, também podem ajudar os investigadores na elucidação do caso. Uma equipe dos Estados Unidos já foi enviada para o Brasil para apurar as causas do acidente. Entre os especialistas, há profissionais do National Transportation Board (NTSB), principal autoridade norte-americana em acidentes, e da Cessna Aircraft Company, fabricante do jato.

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