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CE: mediadores tentam encerrar greve da Polícia Civil

Paralisação completa uma semana nesta quarta; apenas seis delegacias da Região Metropolitana estão funcionando e há dificuldade no atendimento

Por Rita de Sousa
10 jan 2012, 21h40

Para tentar costurar um acordo entre o governo do Ceará e os policiais civis do estado, que seguem em greve desde a madrugada de 4 de janeiro, o time de mediadores foi reforçado, nesta terça-feira, com a chegada de representantes de sindicatos ligados à categoria e de integrantes de órgãos como Procuradoria Geral de Justiça, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Políticos e religiosos locais atuam nas negociações desde a semana passada.

Embalados pela paralisação da Polícia Militar, que resultou em aumento salarial, os agentes da Polícia Civil iniciaram uma greve logo depois. Cerca de 2.000 homens da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas, que já estavam em Fortaleza durante o movimento da PM, passaram a fazer a guarda dos presos e a segurança das cerca de cinquenta delegacias de Fortaleza. Eles não assumiram as tarefas da Polícia Civil. Escrivães federais foram convocados para que as delegaciais não ficassem totalmente paralisadas.

No entanto, embora não tenha levado pânico às ruas de Fortaleza como na greve da PM – que resultou no aumento da violência e na disseminação de uma onda de boatos -,ainda há muitas dificuldade para quem procura as delegaciais do estado para registrar um Boletim de Ocorrência (BO) ou conseguir um documento para a liberação de corpos em caso de morte violenta, por exemplo. Apenas seis delegacias da Região Metropolitana de Fortaleza estão funcionando, informa o comando da força-tarefa que atua no estado.

“O governo agiu corretamente em retomar minimamente o funcionamento das delegacias, mas a demanda da Polícia Civil precisa de uma resposta”, diz o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no estado, Valdetário Monteiro.

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Em meio à greve, 250 detentos que estavam em delegacias tiveram que ser transferidos para presídios da Região Metropolitana.

Reivindicações – Para tentar facilitar o diálogo com o governo, a pauta de reivindicações foi reduzida pela metade. “A OAB tem insistido em uma pauta mínima, voltada para a para conciliação. O grande problema da Polícia Civil é que não há uma resposta clara do governo, que já sabia do que se tratava”, diz Monteiro. “Isso cria uma tensão maior no movimento grevista”. No ano passado, a Polícia Civil ficou 101 dias em greve. O movimento foi declarado ilegal pela Justiça e não houve avanço.

Na época, 190 agentes – entre escrivães e investigadores – foram descontados pelos dias parados. Agora, a categoria reivindica a devolução do dinheiro para esses policiais e anistia para todos os grevistas. Os policiais querem dobrar seus salários – o piso de um investigador é de 2 125 reais. Outro ponto é um plano de carreira para os técnicos, que não têm nível superior.

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