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Caso Celso Daniel: promotor está certo da culpa de réus

Julgamento de três acusados teve início nesta quinta-feira, em Itapecerica da Serra; dois réus irão a júri em agosto

Por Valmar Hupsel Filho
10 Maio 2012, 18h51

O promotor de Justiça Márcio Augusto Friggi de Carvalho disse estar convicto da participação dos acusados no sequestro e morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. O julgamento teve início nesta quinta-feira, no Fórum de Itapecerica da Serra, Grande São Paulo.

Ao todo, cinco réus deveriam ser julgados: Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro, José Edison da Silva, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho, Itamar Messias dos Santos Filho e Elcyd Oliveira Brito. No entanto, a defesa dos dois últimos conseguiu adiar o julgamento deles para 16 de agosto. Por isso, apenas Ivan, José Edison e Rodolfo sentaram no banco dos réus. Não há previsão para o julgamento do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, apontado como mandante do crime.

O promotor elogiou a eficiência da investigação da polícia, que, em dois meses, identificou os autores do crime. Friggi informou, entretanto, que o Ministério Público, provocado pela família da vítima e por empresários do setor de transportes de Santo André, iniciou investigação própria e identificou a verdadeira motivação do crime – política.

Segundo ele, nos autos do processo constam depoimentos de pessoas que descrevem que Gilberto Carvalho e Míriam Belchior, então secretária municipal de Santo André, teriam relatado desvios de dinheiro para serem entregues diretamente a José Dirceu. “Em um dos casos 1,2 milhão foram entregues de uma vez a Dirceu”, disse.

Em suas argumentações, o promotor diz ter apresentado provas que refutam a tese apresentada pelos acusados – eles argumentam que sequestrariam um empresário e, por terem perdido contato com o alvo, escolheram outro. “O monitoramento das ligações feitas por telefones celulares dos acusados naquela noite derruba a versão deles e atesta que Celso Daniel era o alvo”, disse.

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Dirigindo-se aos advogados que abandonaram o júri, sob o argumento de que não teriam como fazer a ampla defesa, Márcio Augusto Friggi disse que o procedimento não tem fundamento legal. “Eles vão responder legalmente por isso”.

Depois das argumentações da acusação, a defesa terá 2 horas e 30 minutos para tentar convencer os jurados da inocência dos réus. Em seguida haverá o debate e a votação dos sete jurados.

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O caso – O Ministério Público afirma que os cinco acusados foram contratados para matar Celso Daniel pouco depois de o prefeito descobrir que o esquema de corrupção montado na prefeitura para financiar a campanha do ex-presidente Lula estava sendo utilizado, na verdade, para uso pessoal dos envolvidos. Friggi pede a condenação dos réus por homicídio duplamente qualificado: mediante pagamento e com recurso que dificultou a defesa da vítima.

O empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, amigo do prefeito morto, foi denunciado pelo MP como mandante do crime. Com outros sete acusados, ele responde por homicídio triplamente qualificado. O caso, porém, foi dividido em três processos. A data do júri de Sombra ainda será definida.

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