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Candidatos a prefeito de SP fazem o primeiro debate

Por Irene Ruberti
25 jul 2008, 19h28

Os principais candidatos à prefeitura de São Paulo se encontraram em debate promovido pela Band, na noite de quinta-feira. O programa teve mais de duas horas de duração e foi dividido em cinco blocos. Foram convidados oito dos onze que disputam o pleito. Marta Suplicy (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Gilberto Kassab (DEM), Paulo Maluf (PP), Soninha Francine (PPS), Ivan Valente (PSOL), Ciro Moura (PTC) e Renato Reichmann (PMN). No primeiro bloco, todos os candidatos responderam à mesma pergunta, formulada pelo mediador Boris Casoy com base em sugestões dos telespectadores. A pergunta feita foi sobre poluição. O candidato e atual prefeito Kassab disse que sua gestão tem trabalhado no combate à poluição com o plantio de árvores e criação de parques.

Maluf lembrou que a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente foi criada na sua administração. Ele disse que o problema tem se agravado por causa do trânsito lento e prometeu ampliar as marginais para desafogar o tráfego. Marta comentou que na sua gestão fechou o incinerador Vergueiro e inaugurou uma usina que transforma lixo em gás.

Alckmin falou das complicações respiratórias provocadas pela poluição e lembrou que no seu governo reduziu o ICMS do álcool. O ex-governador afirmou ainda que pretende investir no transporte coletivo para combater a poluição. Soninha falou sobre a qualidade do diesel e criticou a proposta de Maluf, dizendo que mais asfalto piora as condições climáticas.

Os candidatos à prefeitura de São Paulo fizeram perguntas entre si no segundo bloco.

(Acompanhe as notícias de bastidores do debate com o repórter de VEJA.com André Pontes)

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Soninha questionou Marta sobre a construção de pontes e túneis, em vez de investir em transporte público. Marta disse ter tomado as decisões certas e criado o bilhete único. Ivan Valente questionou Alckmin sobre seus gastos de campanha, estimados em 25 milhões de reais. “Farei uma campanha despojada e modesta”, afirmou o tucano, que defendeu a reforma política e o financiamento público. Ciro Moura questionou Maluf, e Reichmann dirigiu sua pergunta à candidata Soninha. O tema de Marta foi educação, dirigido a Reichmann.

No terceiro bloco do debate da Band, os candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto se enfrentaram com perguntas diretas. Gilberto Kassab começou questionando Marta Suplicy. Em seguida, foi a vez de Paulo Maluf fazer pergunta dirigida ao tucano Geraldo Alckmin, sobre educação. Maluf criticou o sistema de progressão continuada e disse que São Paulo tem “a pior educação do Brasil”. Alckmin respondeu que Maluf está “desatualizado” e que a educação de SP “está acima da média”. Marta usou a oportunidade de questionar Soninha Francine para atacar a gestão de Kassab, perguntando quais são seus planos para a área social, já que no momento os “projetos sociais são inexistentes”.

Os jornalistas José Paulo de Andrade e Fernando Vieira de Mello dirigiram perguntas a um candidato no quarto bloco, com indicação de outro concorrente para comentários. Pagamento de precatórios, construção de ciclovias, pedágio urbano e falta de equipamentos públicos, como sanitários, foram alguns dos assuntos discutidos. Ao comentar pergunta feita à candidata Marta Suplicy, sobre sua disposição de cumprir o mandato até o final, Alckmin aproveitou para criticar a gestão financeira da prefeitura. O tucano acusou Marta de deixar a cidade endividada. Na réplica, Marta disse que houve superávit na sua administração e que deixou a prefeitura com dinheiro em caixa.

O candidato Paulo Maluf se defendeu em pergunta sobre processos a que responde, dizendo que foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. “Em 41 anos de vida pública não tenho nenhuma condenação penal”, disse Maluf.

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O quinto e último bloco do debate promovido pela Band foi reservado para as considerações finais dos candidatos. “Para mim política é uma missão, quero servir o povo de São Paulo”, disse o tucano Geraldo Alckmin ao se despedir. A petista Marta Suplicy pediu a “oportunidade de ser prefeita de novo” e, se dirigindo ao governador José Serra, disse que pretende trabalhar em parceria com o governo do estado. O candidato e atual prefeito Gilberto Kassab destacou parcerias com Serra e com o presidente Lula, no Bolsa-Família. Paulo Maluf disse que quer ser novamente “o melhor prefeito”, “por quatro ou oito anos, se o eleitor permitir. “O que é melhor para São Paulo, uma psicóloga, um anestesista ou um engenheiro?”, perguntou.

Regras — As regras foram discutidas em uma reunião entre representantes da emissora e assessores dos políticos. Entre as questões que serão discutidas estão as propostas para desafogar o trânsito da cidade e soluções para os problemas nas áreas de habitação, saúde, educação, transporte e segurança pública.

O candidato Levy Fidelix (PRTB) não foi convidado e chegou a entrar com recurso no TRE de São Paulo para tentar participar do debate, mas teve o pedido rejeitado pelo juiz auxiliar da propaganda, Claudio Luiz Bueno de Godoy, com base nas regras para debates eleitorais. As normas asseguram participação de integrantes de partidos que tenham representação na Câmara dos Deputados, sendo considerada a bancada da eleição. De acordo com Godoy, o PRTB não elegeu nenhum deputado federal em 2006 e atualmente tem um representante, Juvenil Alves, eleito por outro partido. O candidato ameaçou entrar com um mandado de segurança para impedir a realização do debate.

Em sessão plenária nesta quinta-feira, os juízes do TRE de São Paulo decidiram por votação unânime rejeitar o pedido do partido, mantendo assim a sentença de primeiro grau.

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A emissora já agendou outros dois debates: em 28 de agosto e 8 de outubro (este somente em caso de segundo turno). Além da Bandeirantes, a TV Gazeta promoverá um debate em 31 de agosto; a Record em 28 de setembro; e a Rede Globo outros dois, nos dias 2 e 24 de outubro.

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