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Cai número de casais que exigem cor e idade para adoção de criança

Número de pretendentes é cinco vezes maior que o de crianças aptas à adoção; proporção de casais indiferentes à cor aumentou mais de 10%

Por Da Redação
26 Maio 2014, 10h40

Cada vez menos casais selecionam cor, idade e sexo dos filhos ao candidatar-se a adoção. É o que mostra pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) cujos dados foram revelados em reportagem desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo. Entre 2010 e 2014, o número dos que desejavam adotar apenas crianças brancas caiu de 39% para 29%. Já o total de casais indiferentes à cor subiu de 29% para 42,5%. Aumentou também o número dos que aceitam adotar crianças com 3 anos ou mais: de 41% em 2010 para 51,1% em 2014.

Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, são três os fatores que podem explicar a mudança nas exigências: a participação obrigatória dos interessados na adoção em cursos oferecidos por ONGs e varas de infância e juventude, o trabalho de grupos de apoio e a maior divulgação do processo. “Demorou para dar resultado, mas, a cada ano, conseguimos conscientizar mais que não interessa a faixa etária. Filho é para a vida inteira”, diz Reinaldo Cintra, juiz da coordenadoria de Infância e Juventude de São Paulo.

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Dissonância – No entanto, os requisitos de cor, idade e gênero, além da falta de estrutura do Judiciário, ainda são evidenciados na hora de explicar o número maior de pretendentes em relação ao de crianças aptas à adoção. Atualmente, são seis candidatos a pais para cada criança.

Segundo a Corregedoria Nacional de Justiça, o número superior de interessados é um fator positivo. O problema, no entanto, reside no fato de existirem crianças “indesejadas” pelos pretendentes. Das crianças aptas para adoção, 78,5% têm mais de dez anos, 77% têm irmãos – e não podem ser privadas do convívio com eles – e 22% são portadoras de alguma doença.

No Brasil, há 30.900 interessados na fila de adoção para 5.456 crianças aptas – sendo que 67% são negras ou pardas. Conforme afirmou o juiz da coordenadoria de Infância e Juventude de São Paulo, sempre haverá interessados em crianças mais novas. “O sonho de muitos é ter um recém-nascido. Não critico, mas as pessoas precisam saber que demora.”

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