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Brasileiro é preso na Ucrânia por suspeita de terrorismo

Rafael Marques Lusvarghi estava no país europeu desde 2014 lutando ao lado dos separatistas russos; Itamaraty confirmou prisão

Por Da redação
Atualizado em 10 dez 2018, 10h16 - Publicado em 7 out 2016, 19h43

Um cidadão brasileiro foi preso nesta quinta-feira no aeroporto internacional de Borispol, na Ucrânia, sob suspeita de terrorismo, de acordo com veículos de imprensa do país europeu. Trata-se de Rafael Marques Lusvarghi, de 31 anos, que se notabilizou ao ser detido e arrastado por policiais durante um protesto contra a Copa do Mundo, em São Paulo, em junho de 2014. Segundo a imprensa local, Lusvarghi estava na Ucrânia lutando ao lado de separatistas russos desde o ano retrasado e fazia parte do 1º batalhão de um grupo intitulado DPR.

Em nota, o Itamaraty disse que foi comunicado sobre a detenção de Lusvarghi e que a embaixada brasileira na Ucrânia já entrou em contato com as autoridades locais para conseguir visitá-lo e obter mais informações sobre as circunstâncias da prisão.

O Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou em suas redes sociais o vídeo (veja abaixo) do momento da prisão. Segundo as autoridades, ele seria o responsável por recrutar mercenários aos separatistas. Ele teria sido apreendido com uma medalha por serviços de combate e com um notebook que trazia conversas entre ele e líderes de grupos acusados de terrorismo.

No Brasil, Lusvarghi foi preso sob acusação de associação criminosa em 23 junho de 2014 junto com o estudante Fabio Hideki Harano. Ficou detido por 45 dias, mas foi solto após ser absolvido na Justiça. Na época, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo classificou a dupla como os “primeiros black blocs presos” em flagrante na capital.

Lusvarghi era aficionado por história russa e cultura militar. Ele tinha uma coleção de álbuns com retratos dos líderes da Revolução Russa. Obcecado por vikings, tem tatuada no braço a palavra Berserk, nome de um mangá, posteriormente transformado em anime, inspirado nos guerreiros da mitologia nórdica.

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Ele nasceu em Jundiaí, numa família de classe média. A mãe é professora formada em Biologia e o pai, de quem ela é separada, gerencia uma pequena empresa em Minas. É o mais velho de quatro irmãos. Um deles conta que, desde pequeno, Lusvarghi sonhava alistar-se na Legião Estrangeira da França. Aos 18 anos, comprou uma passagem para aquele país, onde morou por três anos – como integrante da tropa, segundo disse a familiares. Quando regressou ao Brasil, prestou concurso para soldado da Polícia Militar em São Paulo e ficou na corporação entre março de 2006 e julho de 2007. O motivo de sua saída é desconhecido, mas em agosto ele já prestava um novo concurso, desta vez para ser PM no Pará. Aprovado, permaneceu na corporação até 2009 e, mais uma vez, saiu antes de concluir o curso de oficial.

Em 2010, ele já havia passado um tempo em Kursk, na Rússia. Segundo parentes, teria estudado administração na cidade e tentado alistar-se no exército russo. Como não conseguiu, voltou ao Brasil em janeiro de 2014. Em setembro do mesmo ano, teria ido para a Ucrânia para ingressar as fileiras dos separatistas.

https://www.youtube.com/watch?v=f5cV_jcIzhM

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