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Bombeiros são acuados por policiais em quartel no Rio

Parte dos mais de 2.000 manifestantes foi detida neste sábado pela PM

Por Da Redação
4 jun 2011, 09h35

Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) invadiram na manhã deste sábado o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, localizado no centro do Rio de Janeiro. Parte dos 2.000 manifestantes que ocupavam o espaço desde a noite desta sexta-feira e exigiam melhores condições de trabalho e salário foi presa e, neste momento, começa a ser transferida para o Batalhão de Choque da PM. No entanto, há ainda um grupo que resiste e ainda se encontra no pátio do quartel central, de onde os coletivos da PM saem em direção à sede do Choque.

Os bombeiros que reivindicavam ajustes foram acuados pelos policiais às 6h10. A cavalaria faz o cerco junto aos acessos tanto da frente como dos fundos para evitar que os bombeiros que estavam do lado de fora no momento da invasão entrem no pátio. Grande parte dos bombeiros já deixou o pátio em razão do gás que tomou conta do local. Dois helicópteros da Polícia Militar (PM) ainda sobrevoam a região.

Os tiros ouvidos por quem estava fora do quartel eram todos de festim, mas assustaram os manifestantes, que também foram enfrentados com bombas de efeito moral. Muitos dos bombeiros, ironicamente, aplaudiram a ação do policiamento ostensivo que invadiu o quartel. Um grupo realizou uma caminhada no entorno do pátio gritando palavras de ordem.

Crianças e esposas dos manifestantes foram para salas localizadas no segundo andar do prédio, local em que o gás lacrimogêneo não chegou. Três supostos líderes do movimento deixaram o pátio detidos e teriam sido encaminhados para a sede do Batalhão de Choque.

Em entrevista em frente ao quartel central dos bombeiros, na manhã de hoje, o coronel Mário Sérgio Duarte, comandante geral da Polícia Militar, afirmou que a negociação entre a PM e os bombeiros não saiu como ele gostaria, ou seja, sem a necessidade de uma ação efetiva da PM, mas que a operação de invasão foi feita com todo cuidado e não há informações sobre pessoas feridas com gravidade nem perfurações à bala.

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Todos os feridos, entre eles parentes dos bombeiros e os militares, foram levados para o Hospital Souza Aguiar. “Os bombeiros serão presos por crime de natureza militar. Não tenho ainda o número de bombeiros que foram presos”, afirmou o coronel.

Uma nota da Secretaria Estadual da Fazenda afirma que essa manifestação dos bombeiros foi um “gesto de radicalização” e garante que o governo espera uma contraproposta salarial dos bombeiros. A nota da Fazenda ainda cita os números relativos ao impacto do aumento salarial exigido pela corporação, que quer salário inicial de 2.000 reais. No início de carreira, um soldado dos bombeiros recebe atualmente R$ 950,00.

(Com Agência Estado)

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