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Ban Ki-moon se reúne com integrantes da Cúpula dos Povos

Por Da Redação
22 jun 2012, 12h29

Por Herton Escobar

Rio – O fracasso da Rio+20 não pode ser atribuído exclusivamente ao Brasil tampouco à ONU. Mas a postura “desesperada” do Brasil de “fechar um documento a qualquer custo” colocou a conferência no rumo do “menor denominador comum”, na opinião do sul-africano Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional.

Ele foi um dos 36 representantes da Cúpula dos Povos (evento paralelo à Rio+20 que ocorre no Aterro do Flamengo) que se encontrou com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, nesta sexta-feira no Riocentro. A ONU vetou a entrada de jornalistas e fez um cordão de isolamento na frente da sala, para evitar que Ban Ki-moon fosse abordado na saída. Ele saiu sem falar com a imprensa.

Segundo relatos de Naidoo e outras pessoas que estavam na sala, Ban ouviu as preocupações com o “fracasso” da Conferência, mas manteve o discurso de que os resultados da Rio+20 são significativos e ambiciosos. Na quarta-feira Ban havia dito em entrevista coletiva que concordava com a percepção geral de que o documento final da conferência poderia ser mais ambicioso. Na quinta-feira, porém, voltou atrás e mudou o discurso, após ser pressionado pelo Brasil.

Sharan Burrow, secretária-geral da International Trade Union Confederation, se mostrou indignada com a “falta de coragem” dos chefes de Estado de negociar um documento mais ambicioso, aceitando o texto “sem conteúdo” produzido pelos “burocratas”. “Sinto-me profundamente irritada e frustrada”, disse.

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Desde quarta-feira, chefes de Estado dos 193 países-membros da ONU se revezam num pódio do Riocentro, um após o outro, para discursar sobre o que o seu país pensa do desenvolvimento sustentável. Na maioria dos casos, falam para uma plenária quase que vazia, discursando apenas para a televisão e para os arquivos da ONU. Como o documento final da Rio+20 já está fechado desde terça-feira, a conferência ficou quase que sem nada para resolver nesses últimos três dias.

“Os líderes chegam aqui para uma cúpula de três dias, com um texto sobre a mesa que não tem ambição nenhuma, e não passam nem uma hora que seja discutindo o texto”, criticou Naidoo, lembrando que as viagens das comitivas são pagas com dinheiro público.

A conferência termina nesta sexta-feira com uma sessão plenária na qual serão aprovados (ou não) os documentos negociados nos últimos dias. O principal deles, chamado “O Futuro que Queremos”, criticado pelas ONGs, foi costurado pela diplomacia brasileira. Ele poderia ter sido negociado até o último minuto da conferência, mas o Brasil pressionou para que o documento fosse fechado na terça-feira, antes da chegada dos chefes de Estado.

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