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‘Baleia Rosa’ quer ajudar pessoas com ‘tarefas do bem’

Iniciativas promovem uma 'corrente' de alternativas ao 'jogo da Baleia Azul'; criadores apostam em mensagens de positividade e autoestima

Por Da Redação
Atualizado em 20 abr 2017, 16h06 - Publicado em 20 abr 2017, 13h33

Nos últimos dias, o debate em torno do chamado “jogo da Baleia Azul“, conjunto de 50 desafios disseminados nas redes sociais que tem como objetivo incentivar o suicídio entre adolescentes, preocupou pais e autoridades. Até o momento, oito estados já emitiram alertas policiais e de saúde e a Câmara dos Deputados decidiu fazer uma audiência pública sobre o tema.

As redes sociais, no entanto, estão vendo o crescimento de novas iniciativas, com o objetivo de promover “tarefas do bem”, elevando a autoestima de pessoas que estejam passando por situações de vulnerabilidade. Criação de dois publicitários – com ajuda de uma psicóloga – o “Baleia Rosa” se propõe a ser uma versão positiva do jogo, com uma lista de tarefas e mensagens otimistas que façam bem ao outro e ao próprio jogador.

Entre as propostas da “baleia do bem” estão sugestões como “Converse com alguém com quem você não fala há muito tempo” e “Grite na rua: eu me amo”. “Fomos lendo a lista da Baleia Azul e tentamos fazer o extremo oposto”, diz uma das criadoras do site, que preferiu não se identificar.

Em oito dias no ar, a página já conta com mais de 200 mil seguidores e segue crescendo. “Fiz um pequeno anúncio no Facebook e marquei no filtro as pessoas mais propícias a buscar a Baleia Azul. Minha intenção era chegar às pessoas que estavam buscando o ‘errado’ pra dar outra visão a elas”, contou.

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Procura

Desde que a página foi criada, já chegaram mensagens até de professores falando que usariam as novas tarefas com seus alunos. “Se tornou uma corrente do bem. A gente viu que tem muita gente copiando os posts e ficamos felizes com isso”, comemora.

Convidada pelos amigos a auxiliar no projeto, a psicóloga Tamara Camargo, de 30 anos, diz que em menos de 24 horas a página já havia recebido cerca de dois mil contatos – 20% deles, aproximadamente, de usuários com tendências suicidas. “Alguns relatam ter pessoas próximas que passam por isso, enquanto outros dizem ter jogado o Baleia Azul. Muitos também querem desabafar”, explicou.

Tamara costuma fazer um acolhimento e, após conversas iniciais, indicar atendimento gratuito para essas pessoas. “Não tem como exercer uma psicoterapia pelo Facebook, então o meu trabalho é quase uma triagem, de dar uma palavra de conforto”, comenta.

De acordo com a psicóloga, a procura é tamanha que o “Baleia Rosa” cogita recrutar outros psicólogos para ajudarem, pois, por envolver uma situação delicada, a resposta precisa ser ágil. “Não era esse o objetivo inicial, mas tudo tomou uma proporção maior. Precisamos ajudar essas pessoas”, explica.

‘Coelho Branco’

Outro projeto que também segue a ideia de uma espécie de “contrajogo” foi idealizado na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). Chamada de “Coelho Branco“, a plataforma da Fecap consiste em quinze tarefas elaboradas por estudantes do ensino médio técnico de Programação de Jogos Digitais, sob supervisão da professora Evelyn Cid.

Segundo o diretor Marcelo Krokoscz, a ideia partiu dos próprios adolescentes durante uma discussão em sala de aula. “Também conversamos com os pais para alertá-los, foi uma campanha ampla”, explica.

(Com Estadão Conteúdo)

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