Atividade não previa entrada em lago, diz Exército
Boletim de Ocorrência diz que os três soldados que morreram afogados ontem em lago se desviaram da área de treinamento
O Exército informou nesta terça-feira que a atividade praticada pelos três recrutas, que morreram ontem afogados, não previa a passagem pelo lago. Dois inquéritos instaurados pelo Exército e pela Polícia Civil investigam as razões que levaram os soldados a entrarem ou caírem na água. Comumente usado para exercícios de combate terrestre, o local do incidente é bastante lodoso e fica ao pé de um morro nas imediações do quartel do Grupo Bandeirante, em Barueri, na Grande São Paulo.
O boletim de ocorrência registrado na delegacia de Barueri diz que, “sem saber por qual motivo”, os militares se afastaram da área em que o exercício era feito e “se aproximaram de um lago no topo do morro”. O treinamento visava testar a capacidade dos recrutas em manusear bússolas e mapas e medir distâncias. Por isso, eles foram levados a uma área isolada e deveriam se deslocar entre pontos demarcados. Segundo o coronel Igor Boechat, oficial de comunicação social do Exército, o treinamento é considerado básico e é aplicado no começo do curso militar. Nessa fase inicial, não é requerido dos recrutas conhecimento de nado.
A peça-chave do caso é o testemunho do único sobrevivente do grupo que foi resgatado do lago por militares que acompanhavam o exercício. Segundo o Exército, ele ainda está muito abalado com o que aconteceu e passa por tratamento médico e psicológico.
Os soldados que morreram estavam lotados no 21º Grupo de Depósito de Suprimentos da 2.ª Região Militar, na Zona Norte de São Paulo. O batalhão é responsável por fornecer suprimento e dar suporte em eventuais combates. Os corpos deles foram identificados nesta terça-feira no Instituto Médico Legal (IML). São eles: Wesley da Hora dos Santos, Jonathan Turella Cardoso Allah e Victor da Costa Ferreira, todos de 19 anos. Eles devem ser sepultados nesta quarta-feira.