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Após polêmica com ‘farinata’, Doria amplia compra de orgânicos

Lançamento do programa acontece duas semanas depois de o prefeito desistir de incluir na merenda escolar o composto de alimentos próximos do vencimento

Por Da Redação
16 nov 2017, 14h48

A Prefeitura de São Paulo lançou, nesta quinta-feira (16), o programa Alimento Saudável, que tem como objetivo aumentar a compra de produtos orgânicos e oriundos da agricultura familiar para a merenda da rede municipal de ensino. Segundo a gestão do prefeito João Doria (PSDB), o objetivo é melhorar a qualidade da alimentação escolar, com a redução de alimentos processados e ampliação de produtos naturais.

De acordo com o governo municipal, serão gastos até o final deste ano cerca de 15 milhões de reais em produtos de agricultura familiar, além da ampliação da compra de bananas, hortaliças, verduras, arroz, carne suína e iogurte. Esta previsto, também, o início da implantação de mais de 200 hortas pedagógicas em escolas do município, buscando beneficiar, até 2018, ao menos 792 instituições de ensino.

“Da agricultura familiar a prefeitura compra desde 2012, quando houve uma pequena compra, e isso foi sendo ampliado. Mas uma chamada específica para agricultores da cidade de São Paulo é a primeira vez agora. Não havia isso antes”, disse o secretário municipal de Educação Alexandre Schneider.

A prefeitura também anunciou o lançamento de um novo aplicativo, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com a Unesco, que permite aos pais acompanharem o cardápio da merenda dos filhos – o lançamento está previsto para o início de dezembro. A ferramenta contará também com um chatbot, que permitirá que a população interaja com usuários das redes sociais e possam avaliar a merenda servida nas escolas.

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‘Farinata’

O lançamento do programa Alimento Saudável acontece duas semanas depois de Doria desistir de incluir a “farinata” nas merendas escolares e como complemento nos alimentos destinados aos abrigos da assistência social. Batizado de “Alimento para Todos”, o programa foi anunciado pelo prefeito no início de outubro e previa a distribuição de um composto granulado feito com base no processamento de alimentos próximos da data de vencimento.

A ideia foi duramente criticada por especialistas em nutrição. Nas redes sociais, o composto ganhou a denominação pejorativa de “ração humana”. Além de ser reprovado pelo Conselho Regional de Nutricionistas , o Ministério Público chegou a abrir um procedimento para acompanhar a medida.

“Dada a polêmica, tomamos a decisão de encerrar completamente a iniciativa”, disse Doria. ” Há 15 dias, nós decretamos claramente que não utilizaríamos mais a ‘farinata’, não pelo aspecto intrínseco dela, mas pelo efeito da polêmica em torno dela. Entendemos que não seria adequado insistir nesse projeto, embora com todos os valores e toda recomendação da Cúria Metropolitana de São Paulo”, completou.

Questionado sobre a nova iniciativa, Schneider afirmou que o projeto não é uma alternativa ao composto. “Essa política já vinha sendo adotada, mas a gente não faz isso de uma hora para outra. Tudo que mostramos aqui começou no início da gestão”, disse.

‘Banquetaço’

Para exigir que Doria desista definitivamente da distribuição da farinata, a chef Bel Coelho, do restaurante Dui, convocou um “banquetaço” para esta quinta, em frente ao Teatro Municipal, que fica perto da prefeitura. “Ele já veio a público dizer que que não vai mais utilizar a ‘farinata’, mas ainda não revogou a lei”, disse a chef em vídeo.

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Ela também pede que a prefeitura concentre esforços para diminuir o desperdício dos alimentos in natura, que vêm de feiras livres e do Ceagesp. “A indústria tem plenas condições financeiras e operacionais para cuidar do próprio desperdício”, disse.

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