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Ação contra jogo ilegal derruba comando de batalhão e UPP

PM exonerou coronel que comandava 5º BPM e do capitão que liderava UPP da Providência após envolvimento de seus comandados com bicheiros

Por Da Redação
30 ago 2012, 07h27

Após a operação que desbaratou um esquema de jogo ilegal operado com a ajuda de policiais no Rio de Janeiro, o comando da Polícia Militar do estado decidiu exonerar o coronel Amaury Simões, comandante do 5º Batalhão (Centro) e o comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência, o capitão Glauco Schorcht. A decisão foi informada por meio de nota na madrugada desta quinta-feira.

O comando da PM ainda determinou a abertura de Inquérito Policial-Militar para apurar o envolvimento e participação de policiais com os contraventores presos. Agora, assume o comando do 5º BPM o tenente-coronel Sidney Camargo de Melo, que era subcomandante do 1º Comando de Policiamento de Área. Já para a UPP da Providência foi designado o capitão Felipe Lopes Magalhães, que comandava a UPP Babilônia e Chapéu Mangueira desde junho de 2009.

Na noite de quarta-feira, a chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, determinou o imediato afastamento do delegado Henrique Pessoa, titular da 4ª DP. A decisão foi tomada depois da prisão do chefe do Grupo de Investigações Criminais do órgão, Weber Santos de Oliveira, na quarta-feira. A ação, batizada de Catedral, estourou também a central onde eram feitos os sorteios válidos para todo o estado. Weber é acusado de receber 16.000 reais por mês de uma organização criminosa que controla o jogo do bicho na região Central da cidade e em São Cristóvão, na zona norte.

“A investigação constatou envolvimento de policial da 4ª DP, que recebia propina mensal de 16.000 reais. Comprovadamente, só ele recebia. Mas há indícios de que esse dinheiro era destinado a mais alguns, o que não foi comprovado”, disse o subsecretário de inteligência Fábio Galvão, durante entrevista coletiva antes do afastamento do delegado.

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Weber Santos de Oliveira é uma das 35 pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) nesta quarta, suspeitas de integrar um grupo que age na região central da cidade. Todas são acusados de crimes de exploração ilegal de jogo de azar, formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e violação de sigilo funcional. Entre os suspeitos – que também foram presos na operação policial -, ainda estão Evandro Machado dos Santos, o Bedeu, que seria o chefe do grupo, seu filho Alessandro Ferreira dos Santos, o capitão Anderson Luiz de Souza, do 5º Batalhão de Polícia Militar, e o sargento Marcos Aurélio das Chagas, PM da UPP Providência.

A investigação da Secretaria de Segurança concluiu que a “folha de pagamento” para policiais destinava cerca de 30.000 reais mensais a PMs e policiais civis. Apontados como chefes do esquema, o contraventor Evandro Machado dos Santos (o “Bedeu”) e o filho dele, Alessandro Ferreira dos Santos, foram presos em casa, no condomínio Nova Barra, no Recreio, onde também morava o ex-goleiro Bruno – preso assassinato da ex-amante Eliza Samudio. O trabalho de investigação, informou a secretaria, durou sete meses, e teve participação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE), da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, das corregedorias das Polícias Civil e Militar e da Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Seseg.

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