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ABI: morte de jornalista é forma de silenciar imprensa

ABI e ANJ cobram rigor nas investigações de assassinato de jornalista no Maranhão. Executado a tiros, Décio Sá mantinha um blog de política

Por Thais Arbex
24 abr 2012, 14h51

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) cobrou rigor na investigação da morte do jornalista maranhense Décio Sá, executado a tiros na noite dessa segunda-feira, em um bar em São Luís, Maranhão. “A ABI espera que haja rigor de apuração pelas autoridades do Maranhão para que não se repitam ataques dessa natureza e dessa gravidade. E que as autoridades federais acompanhem a investigação de perto para que os responsáveis pelo crime não fiquem sem punição”, afirmou o presidente da ABI, Maurício Azêdo, em entrevista ao site de VEJA.

Azêdo disse ter recebido a notícia com “profunda tristeza e indignação”. “A violência reflete o desrespeito com a atividade jornalística. É triste ver um jornalista tão jovem abatido desta forma. E é lamentável que ainda ocorram fatos dessa natureza porque o jornalista não trabalha para si mesmo, ele trabalha para a sociedade e uma agressão, a morte de um jornalista, na verdade, constitui um ataque ao conjunto da sociedade”, lamentou.

Décio Sá foi executado com cinco tiros por volta das 23h30. O jornalista, que tinha 42 anos, trabalhava na editoria de política do jornal O Estado do Maranhão e mantinha havia cinco anos o blog mais acessado do estado sobre o tema. Nos posts, fazia críticas e denúncias contra políticos e autoridades.

Preocupação – Azêdo disse ainda que o crime “é mais uma forma de silenciar a imprensa”. De acordo com ele, Décio Sá é o quinto jornalista morto em circunstâncias de ameaça permanente à liberdade de expressão em menos de um ano.

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A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgou nota apontando “grande preocupação” com a impunidade em relação aos crimes contra jornalistas. O assassinato de Décio Sá, diz a ANJ, “demonstra o efeito pernicioso da impunidade nos casos de atentado à vida de profissionais que trabalham para melhor informar os cidadãos”.

A entidade também cobra a eficácia da investigação. “A ANJ transmite suas sinceras condolências à família de Décio e se solidariza com o jornal O Estado do Maranhão. Ao mesmo tempo, espera uma rápida apuração de mais esse revoltante crime, com a prisão, julgamento e condenação dos culpados”.

Na manhã desta terça-feira, o presidente do Senado, José Sarney, divulgou nota cobrando a investigação da morte de Décio Sá. “Esse crime hediondo, brutal e cruel tem que ser desvendado para punir os culpados e despertar, cada vez mais, a consciência para a proteção e o respeito à liberdade de imprensa”, afirmou Sarney. “Seu assassinato, além de uma atrocidade, é um atentado à democracia”.

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