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A romaria das famílias rumo à cidade da tragédia

Pai de uma das vítimas do incêndio em Santa Maria saiu de Porto Alegre para identificar o corpo da filha

Por Marcela Donini, de Santa Maria
27 jan 2013, 17h02

No ônibus que partiu de Porto Alegre às 12h01 com destino a Santa Maria, os celulares não paravam de tocar. Antes mesmo que o veículo arrancasse, Jaderson Tiani Lemos Flores, 51 anos, recebeu a confirmação por telefone: o corpo de sua filha Andressa Ferreira Flores, 24 anos, havia sido encontrado e se somava aos outros 231 mortos no incêndio da boate Kiss confirmados pela polícia até o início desta tarde. O ônibus extra que fora colocado à disposição do público da capital gaúcha levava pelo menos 15 familiares e amigos de vítimas da tragédia.

Andressa trabalhava na boate havia um ano. “Ela servia drinks. Ganhava 50 reais por noite. Nunca tinha comentado que não era seguro. Mas quem ia imaginar que algo assim pudesse acontecer?”, disse a madrasta, Aline dos Santos da Silva, que acompanhava o pai da garota na viagem. O casal e o filho, Matheus, de 9 anos, estavam no litoral norte do Rio Grande do Sul quando souberam do desaparecimento de Andressa.

Se a família não podia imaginar uma tragédia dessa magnitude, o mesmo não podem dizer os responsáveis pela boate Kiss, que estava com o alvará do Plano de Prevenção de Combate a Incêndio vencido desde agosto de 2012.

Andressa deixa ainda a mãe, Claudia, e outros dois irmãos, além de uma filha de 2 anos. A 15 minutos de desembarcar em Santa Maria, Jaderson rompe o silêncio da viagem de 4 horas: “Agora é que a dor vai começar”.

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Universidade – O reitor da Universidade Federal de Santa Maria, Felipe Martins Müller, convocou todo corpo médico e de assistentes sociais da instituição para auxiliar as vítimas e familiares. Funcionários que estavam de férias também chegam ao ginásio onde estão os corpos. Participavam da festa na boate Kiss alunos de diversas faculdades da federal.

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