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Por Duda Monteiro de Barros
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Mãe conquista a internet com faixa para espantar palpiteiros

Patrícia Monken não aguentava mais os pitacos dos vizinhos na criação de seus dois filhos: 'Desde que coloquei a faixa, ninguém falou mais nada'

Por Fernanda Bassette
Atualizado em 26 jul 2017, 12h14 - Publicado em 25 jul 2017, 20h42

Cansada de ouvir pitacos dos vizinhos e de desconhecidos sobre a criação de seus dois filhos, a técnica de enfermagem Patrícia Monken Messias, de 38 anos, resolveu pendurar um banner de 2,5 metros de comprimento na parede do prédio em que mora, no bairro da Brasilândia, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. O cartaz alerta os vizinhos para que cuidem de suas vidas e a deixem em paz.

Patrícia é mãe de Andressa, de 18 anos, e de Luiz Felipe, de 2. Na faixa, ela diz que “às vezes parece que ela está matando o filho, quando na verdade ela está apenas colocando soro no nariz, cortando as unhas ou limpando o ouvido do bebê”. Ela pede, “por favor”, que os vizinhos não acionem o Conselho Tutelar.

Ainda na mesma faixa, Patrícia diz que para se meter na sua vida, as pessoas deveriam “lavar suas calcinhas, pagar as suas contas e resolver os problemas dela”. Por fim, diz que a cada cinco pacotes de fraldas tamanho G ou XG doados, a pessoa terá o direito de dar um palpite na criação do menino. “Se o pacote for tamanho jumbo, são dois palpites”, ironizou no cartaz.

Patrícia conta que a ideia de pendurar um banner deste tamanho na fachada do prédio surgiu porque ela não aguentava mais os vizinhos dando palpites na vida dela. “Já tinha feito uns cartazes do tamanho de uma folha de sulfite, mas o pessoal arrancava.”

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Ela diz que os problemas com a vizinhança começaram há 11 anos, quando sua filha mais velha tinha 7 anos e os vizinhos acionaram o Conselho Tutelar alegando que a criança chorava demais. “Até polícia baixou aqui em casa. Eu falo alto mesmo, eu falo palavrão, eu dou bronca. Mas ninguém sabe o que acontece aqui dentro”, justificou.

‘Cuidem das suas vidas’

Patrícia se mudou do bairro por um período, mas, após se separar do marido, voltou a morar no mesmo apartamento – desta vez com os dois filhos. “Começou tudo de novo, agora por causa do menino”, conta. Segundo ela, Luiz Felipe tem os cabelos compridos e toda a vizinhança dá palpites sobre isso. “Dizem que é feio, que é coisa de menina, que eu tenho que cortar, que ele vai ser gay por causa do cabelo comprido. Gente. Cuidem das suas vidas”, desabafou Patrícia, que afirmou que assim que cortar as madeixas do menino vai doar os fios para confecção de perucas para crianças com câncer.

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Patrícia diz que os vizinhos também questionam porque ela ainda amamenta o filho, que tem dois anos. E pressionam para saber se o menino já deixou de usar fraldas. “Aqui tem palpiteiro de todos os tipos, gente nova, gente velha, solteiros, casados. São 63 prédios com 20 apartamentos cada, cerca de 6 mil moradores. Consegue imaginar a quantidade de gente intrometida?”, diz.

A técnica de enfermagem instalou a faixa na semana passada, como forma de protesto. Ela fez um vídeo e postou a imagem nas redes sociais. Em poucas horas o post viralizou e alcançou 17 mil visualizações. “Não imaginava tamanha repercussão, eu fiz para ser irônica mesmo. Desde que coloquei a faixa ninguém mandou tirar e ninguém falou mais nada”, afirmou. “Não tenho tempo de cuidar da vida dos outros e é isso que eu espero: que ninguém cuide da minha.”

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