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Por Duda Monteiro de Barros
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Um post pode matar

Cuidado antes de compartilhar: como no caso da italiana que se suicidou

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h48 - Publicado em 19 set 2016, 19h20

Infelizmente, a internet rendeu mais um exemplo extremo do sofrimento que as reações online podem causar. Tiziana Cantone, italiana de 31 anos, cometeu suicídio na semana passada depois de passar meses brigando na justiça para ter um vídeo íntimo seu removido das buscas no Google. No ano passado, Tiziana enviou seis vídeos diferentes a cinco amigos, nos quais ela aparecia praticando atos sexuais com um homem. No dia seguinte, ela viu que os arquivos haviam sido compartilhados em sites de pornografia e nas redes sociais. Mais de 1 milhão de pessoas assistiram às imagens.

O fato de ter sido ela quem as compartilhou primeiro é indiferente: afinal de contas, ela mandou os arquivos para cinco pessoas, e não para o mundo inteiro. Isso só mostra (ainda mais na era online!) que mesmo aqueles consideradas como amigos nem sempre são tão confiáveis quanto parecem…

E, da ponta de quem compartilha algo sem ter certeza de sua procedência, fica o alerta: um simples ‘share’ pode custar a vida de outra pessoa.

Esse tipo de comportamento é a base do que constitui o cyberbullying, o bullying virtual.

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De acordo com a ONG de cuidados para crianças e jovens, Pacer Center, dos Estados Unidos, o cyberbullying é ainda mais cruel por ser público, se espalhar rápido e não ter hora para acontecer. Além de recomendar que os jovens não compartilhem informações pessoais na internet (como fotos, dados, vídeos íntimos…), a organização orienta que não se participe das maldades provocadas contra outras pessoas. Mesmo que – por vezes, por uma visão inocente, vá lá – pareça ser “legal” tirar sarro de alguém, é preciso saber que uma curtida ou um share indevido pode ser fatal.

Em 2015, um estudo feito com quase 500 adolescentes de uma escola dos Estados Unidos provou que:

  • 35% dos alunos já sofreram com o cyberbullying;
  • Destes, 20% contam que o motivo foi por rumores na internet;
  • 15% confessaram ter cometido cyberbullying com outra pessoa;
  • Entre aqueles que foram vítimas, 40,6 % são mulheres e 28,8% são homens.

Enquanto algumas pessoas conseguem superar o trauma, outras acabam recorrendo à mesma medida drástica que Tiziana. Outros casos aterrorizantes:

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Tyler Clementi: aos 18 anos, no primeiro semestre da universidade nos Estados Unidos, Tyler, que estava se descobrindo homossexual, pediu privacidade ao seu colega de quarto para poder receber um menino no local. Contudo, ao contrário disso, o roommate fez uma transmissão ao vivo dos dois jovens se beijando. Dois dias depois, Tyler cometeu suicídio ao se jogar de uma ponte no rio Hudson. O caso foi parar na Justiça e se tornou referência a advogados e juízes americanos.

Amanda Todd: aos 15 anos, a jovem canadense cometeu suicídio por ter sido vítima de cyberbullying após enviar uma foto íntima sua a um desconhecido.

Júlia Rebeca: aos 17 anos, ela foi encontrada morta em seu quarto após ter um vídeo íntimo compartilhado na internet. Ela morava em Parnaíba, no Piauí, e se gravou fazendo sexo com outra menina e um menino. As imagens foram compartilhadas e, pouco depois, ela se despediu da família nas redes sociais.

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