Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

VEJA Gente Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Valmir Moratelli
Notícias sobre as pessoas mais influentes do mundo do entretenimento, das artes e dos negócios
Continua após publicidade

Thalita Rebouças sobre livro e 13 Reasons: “Adolescente é deprê”

Sucesso entre jovens, com 2,2 milhões de livros vendidos, Thalita Rebouças fala do primeiro livro em que trata de sexualidade e da série "13 Reasons Why"

Por Bruno Meier Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 Maio 2017, 12h36
Thalita: “Devo a minha vida a J.K. Rowling” (Jonne Roriz/VEJA)

 

Você escreve para adolescentes há dezessete anos. O que mudou nesse tempo? O adolescente é o mesmo em qualquer tempo: tem as angústias, as espinhas, os amores platônicos — que agora são os crushes, né? Muda-se o nome, mas os amores estão lá. No entanto, tenho notado que hoje os adolescentes são mais livres e isentos de preconceito.

Seu 22º livro, Confissões de um Garoto Tímido, Nerd e (Ligeiramente) Apaixonado, é o primeiro no qual a sexualidade do personagem é razão de conflito. Por que nunca tratou disso antes? Os leitores me pediam isso, mas eu não me sentia segura. Foi a primeira vez que chorei ao escrever.

Por que chorou? Davi, meu protagonista, é um rapaz inteligente, interessado por astrologia, que havia beijado só uma menina. Ele conhece um menino, e os dois “ficam”. Chorei ao escrever a cena em que ele sofre uma ameaça do tipo “vou falar para todos que você é marica”.

Continua após a publicidade

Por que você acha que a série 13 Reasons Why fez tanto sucesso falando do suicídio de uma jovem? O adolescente sempre teve uma pegada deprê. Mas 13 Reasons Why é mais sobre estupro do que sobre suicídio. Recebi muitas mensagens de leitores sobre a série. Um deles escreveu que não fazia ideia da agressão que causava a colegas com as coisas que falava. A mensagem que mais me arrepiou foi a de uma menina que tinha passado por coisas parecidas e se arrependeu de ter pensado em dar fim à própria vida. Falar sobre o tema gerou discussão e reflexão.

Você começou depois do fenômeno Harry Potter. J.K. Rowling foi uma inspiração? No dia em que eu a encontrar, darei um abração nela. Devo a vida a ela. Essa escritora mostrou que não importa que o livro seja grosso: se há uma boa história, o leitor vai gostar.

Você vive de seus livros? Sim, deles e dos filmes baseados neles. Mas meu começo não foi fácil. Passava de livraria em livraria para fazer propaganda. A situação mais constrangedora foi a minha primeira Bienal do Livro. Ninguém veio falar comigo. Até que apareceu uma menina. Pensei: “Ufa! Pelo menos venderei um livro”. Mas ela só veio me perguntar onde ficava o banheiro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.