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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Nova Série – Nikita, o Retorno

Hoje em dia parece comum ver uma personagem feminina estrelando uma série de ação. Mas nem sempre foi assim. Até meados dos anos 70, séries de aventura, espionagem e policial estreladas por mulheres eram consideradas fracassos na certa. Tentativas não faltaram, mas até “As Panteras” estrear em março de 1976, as produções anteriores tiveram boa […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 31 jul 2020, 14h19 - Publicado em 7 set 2010, 12h40

Hoje em dia parece comum ver uma personagem feminina estrelando uma série de ação. Mas nem sempre foi assim. Até meados dos anos 70, séries de aventura, espionagem e policial estreladas por mulheres eram consideradas fracassos na certa. Tentativas não faltaram, mas até “As Panteras” estrear em março de 1976, as produções anteriores tiveram boa receptividade pela audiência, mas foram consideradas por suas respectivas emissoras como séries abaixo da expectativa de público, incluindo a cultuada “Police Woman”, exibida entre 1974 e 1978.

Quando “As Panteras” estreou, já existiam “A Mulher Biônica” e “A Mulher Maravilha”, mas a primeira surgiu como spinoff de “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, sendo cancelada com apenas três temporadas; e a segunda apoiou-se no sucesso dos quadrinhos, embora não tenha conseguido repetir a mesma carreira na TV. Ambas tornaram-se clássicas e cultuadas ao longo dos anos, mas não foram elas que abriram as portas para novas produções estreladas por heroínas femininas.

As três séries mencionadas foram canceladas antes de conseguirem completar a produção de 100 episódios, sendo que “Police Woman” foi quem chegou mais perto. Foi o estrondoso sucesso de “As Panteras” que provou aos executivos de TV que as mulheres poderiam estrelar séries de ação. Produzida entre 1976 e 1981, a série teve um total de 110 episódios, registrando cerca de 18.4 milhões de telespectadores em sua primeira temporada, passando para 17.8, 18.2 e 15.9 nas três temporada seguintes. O último ano sofreu uma queda violenta de audiência, que promoveu seu cancelamento.

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No entanto, ao longo da década seguinte, o estilo de seriados que dominou o gênero foi o daqueles estrelados por duplas, graças ao sucesso de “Casal 20″. Na esteira de Jonathan e Jennifer Hart surgiriam “A Gata e o Rato”, “Jogo Duplo/Reminghton Steele”, “Scarecrow and Mrs. King” e muitas outras. Quando a série não era estrelada por um casal de detetives, era protagonizada por uma dupla de homens. “Cagney & Lacey” foi uma das poucas a romper o cerco e apresentar uma dupla feminina da polícia em ação.

Então surgiu “A Dama de Ouro/Lady Blue”, outro fracasso de audiência, cancelada com apenas uma temporada. Mas a proposta da série de apresentar uma policial durona ao estilo Dirty Harry fez com que as portas se abrissem para “Xena, a Princesa Guerreira”. Situada em um ambiente de fantasia que explorava a mitologia de várias culturas, “Xena” foi um marco na TV e para as personagens femininas. Ainda assim, faltava ser produzida uma série que colocasse a mulher como uma agente especial realizando as mesmas façanhas que o famoso agente James Bond, personagem do cinema que estabeleceu a linha de produção das séries de aventuras nos anos 60.

Foi então que surgiu em janeiro de 1997 “La Femme Nikita”, produção canadense que adaptou o filme francês de mesmo título lançado em 1990. A série influenciou o surgimento de “Alias – Codinome Perigo” e de “24 Horas”, ambas de 2001. No Brasil, surgiu “A Justiceira” em abril de 1997.

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A série “La Femme Nikita” apresenta uma sem teto acusada injustamente pelo assassinato de um policial. Trata-se de uma armação planejada pela Section One, organização de prevenção a ataques terroristas que opera de forma independente do governo. Condenada à morte, Nikita, supostamente, comete suicídio. Para a polícia, o caso está encerrado. Mas a jovem é levada por membros da organização, que treinam Nikita para que ela se torne uma agente com permissão de matar atuando no combate ao terrorismo. Sem escolha, Nikita passa a fazer parte da organização ao mesmo tempo em que tenta manter intacta sua concepção do que é certo e errado.

A série dos anos 90, estrelada por Peta Wilson, teve um total de cinco temporadas, encerrando com apenas 96 episódios produzidos. Mas sua influência na produção seriada a elevou a um marco histórico. Além de ser protagonizada por uma personagem feminina à la James Bond, “La Femme Nikita” também trouxe uma trama complexa, repleta de reviravoltas que não favoreciam a protagonista o tempo todo. Muito diferente dos tipos de roteiros de séries de ação estreladas por mulheres nos primórdios do gênero na TV.

A organização, que supostamente representava os ‘mocinhos’ da história, agora assume uma postura geralmente retratada por governos inimigos. Sem oferecer apoio ou amizade, sem tratar seus agentes como parte ‘da família’, ela representou parte da ameaça enfrentada pela protagonista a cada episódio. Se falhasse, Nikita poderia ser eliminada.

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Agora “La Femme Nikita” ganha um remake pelo The CW. Dedicado ao público jovem, o canal vem tentando encontrar uma nova série que possa substituir “Smallville” e “Supernatural”, duas produções representativas do gênero ficção, fantasia e aventura, que entram em suas últimas temporadas esse ano. Depois de ter conseguido emplacar a spinoff de “90210” e fracassar com a nova versão de “Melrose Place”, ambas dramas teens, é a vez do canal apostar em uma produção que, na verdade, não era americana e que, portanto, não tinha nos EUA o mesmo reconhecimento que as anteriores. Mas carrega um formato que está na moda.

Com o título de “Nikita”, a série traz Maggie Q interpretando a jovem programada para matar. Filha de um soldado americano e de uma mulher vietnamita, Maggie nasceu no Havaí, mas passou boa parte de sua vida em Hong Kong, onde trabalhou como modelo.

O remake da série traz a Division, organização não governamental, recrutando jovens problemáticos para serem treinados como espiões e assassinos. No processo, os jovens passam por uma lavagem cerebral.

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Nikita (Maggie Q) foi recrutada há seis anos; retirada do corredor da morte, a organização forjou sua execução. Após trabalhar para a Division por três anos, Nikita descobre que estava sendo enganada por aqueles que a treinaram. Assim, ela escapa e passa os últimos três anos escondendo-se e planejando uma forma de expor a organização e suas operações.

Enquanto novos jovens continuam sendo recrutados, a organização incumbe Michael (Shane West), responsável pelo treinamento de Nikita, de caçá-la e eliminá-la, se necessário.

Michael é um personagem que existia na série original, interpretado por Roy Dupuis. Na história, ele se envolve emocionalmente com Nikita. Tendo sido um dos primeiros recrutados pela Section One, Michael foi libertado por Nikita no último episódio da série, quando ela assume o comando da Organização.

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Na nova versão, a Division é uma organização chefiada por Percy (Xander Berkeley, de “24 Horas”), que fará de tudo para evitar que as ações de Nikita destruam seu império. Para tanto, ele conta com a ajuda de Amanda (Melinda Clarke, de “The O.C.”), psicóloga que manipula a mente dos jovens recém chegados; e de Birkhoff (Aaron Stanford), gênio da informática, preso por tentar penetrar nos computadores do Pentágono e levado à Division na mesma época que Nikita.

Entre os novos recrutas que serão treinados estão Jaden (Tiffany Hines), que está ansiosa por completar o treinamento e assumir sua nova função; Thom (Ashton Holmes), também dedicado ao trabalho; e Alex (Lyndsy Fonseca, de “How I Met Your Mother”), recém chegada após ter sido presa por roubo.

A nova versão de “Nikita” foi adaptada por Craig Silverstein. O piloto foi encomendado pelo canal CW em janeiro desse ano. Em fevereiro, foi anunciada a contratação da atriz Maggie Q e em maio o projeto foi transformado em série de TV com a encomenda de 13 episódios para a primeira temporada. A série tem a produção de Silvestein, Danny Cannon (que também dirigiu o episódio piloto), McG e Peter Johnson, pela Warner Brothers Television em parceria com a Wonderland Sound and Vision para o canal CW.

“Nikita” estreia nos EUA no dia 9 de setembro. Ainda não há previsão de quando chegará ao Brasil.Deve estrear no Brasil entre outubro e novembro pelo canal Warner.

Confiram fotos da série aqui e cartazes aqui.

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