Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Política com Ciência Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Sérgio Praça
A partir do que há de mais novo na Ciência Política, este blog do professor e pesquisador da FGV-RJ analisa as principais notícias da política brasileira. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Lula, Odebrecht e o BNDES: explicações necessárias!

O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou ontem um número estarrecedor. A empreiteira Odebrecht, investigadíssima na Operação Lava Jato, recebeu 81,8% de todos os empréstimos feitos pelo BNDES para obras no exterior nos últimos dez anos. É um total de US$ 31.7 bilhões. Fazendo um cálculo bastante conservador, com o dólar cotado a R$ 2,50 (hoje […]

Por Sérgio Praça Atualizado em 30 jul 2020, 22h35 - Publicado em 3 jun 2016, 17h53

O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou ontem um número estarrecedor. A empreiteira Odebrecht, investigadíssima na Operação Lava Jato, recebeu 81,8% de todos os empréstimos feitos pelo BNDES para obras no exterior nos últimos dez anos. É um total de US$ 31.7 bilhões.

Fazendo um cálculo bastante conservador, com o dólar cotado a R$ 2,50 (hoje está mais para R$ 3,6), foram R$ 79 bilhões – ou R$ 7.9 bilhões por ano. Para apenas uma empresa. Dá mais ou menos 4,5 ministérios da Cultura, usando os dados de 2015.

O que pode justificar tanta generosidade para essa empreiteira? Bom, talvez os projetos no exterior exijam mais capacidade técnica das empresas, coisas que só uma Odebrecht ou Andrade Gutierrez pode fazer por você. Talvez seja porque vários presidentes brasileiros “vendam” o Brasil no exterior desde sempre, inclusive para regimes pouco democráticos como o angolano e cubano. Talvez porque o ex-presidente Lula tenha feito tráfico de influência em favor da Odebrecht, conforme acusação do Ministério Público Federal.

Uma série de reportagens da Brio Media – intitulada “A mão invisível do BNDES na América Latina” – mostra como o banco público brasileiro investiu pesadamente em obras inviáveis e corruptas em países como a Venezuela e Equador. (Esta reportagem de Consuelo Dieguez mostra, especificamente, o impacto deletério dos erros do BNDES na indústria naval.)

Continua após a publicidade

A CPI que investigaria o BNDES terminou em fevereiro deste ano sem pedidos de indiciamento, apesar de fortes indícios de crimes. Não adianta esperar investigações sérias dos parlamentares. Agora, só os procuradores, policiais federais e servidores da ex-CGU conseguem responsabilizar políticos e empresários por atos corruptos. Quem sabe, com a delação de Marcelo Odebrecht, os brasileiros sejam informados dos “malfeitos” cometidos pela instituição comandada, até outro dia, pelo economista Luciano Coutinho.

(Entre em contato pelo meu site pessoal, Facebook e Twitter)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.