O Palácio do Planalto instalou um aparelho que “embaralha” qualquer gravação feita no gabinete de Temer – estratégia para evitar mais um pequeno tropeço como ser gravado tratando de propinas com um empresário. A tecnologia do misturador de voz foi inspirada no pigarro do próprio Temer durante o discurso de posse, em maio de 2016. Caso queira realizar as próprias gravações, Temer terá à disposição um exorcista para decodificar as fitas. Ele será o responsável por decifrar qual das vozes é a de Temer e qual das vozes pertence a outras pessoas, podendo tratar-se de políticos ou outras entidades. Ainda preocupado em evitar ser traído por mais algum de seus mecenas, Temer mandou instalar também uma máquina de fumaça no gabinete para impedir a realização de vídeos. “Quando recebo aquela visita depois de sacrificar um bode e pintar um pentagrama no chão, não é preciso ligar a máquina porque ela própria já traz a fumaça de enxofre”, teria ressaltado Temer.

Publicado em VEJA de 26 de julho de 2017, edição nº 2540