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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
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Insegurança: gaúchos têm medo de morrer e até de ficar em casa

Com alta de 94% dos latrocínios, pesquisa em cidades da região metropolitana mostrou que 68% dos entrevistados mudaram seus hábitos por causa da violência

Por Paula Sperb
Atualizado em 14 dez 2017, 15h59 - Publicado em 14 dez 2017, 15h48

Por causa da alta dos índices de criminalidade no Rio Grande do Sul, os gaúchos temem morrer. O medo de morte atinge 15,3% da população de sete cidades da região metropolitana de Porto Alegre conforme pesquisa divulgada na última quarta. Destes, 10% tem medo de morrer em um assalto e 5,3% tem medo de morrer pela violência. Somente na cidade de São Leopoldo, o medo de perder a vida em um assalto chega a 20%. O principal medo dos gaúchos, entretanto, é sofrer o assalto em si: 52,7% dos entrevistados teme ser assaltado.

O medo não é infundado. O latrocínio, o roubo seguido de morte, aumentou 94% no estado comparando o primeiro semestre deste ano com o primeiro semestre de 2010. Os latrocínios que aterrorizam os gaúchos aumentaram de 39 para 76 nesse período. Nesse ano já foram 99 somente até setembro. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

“É nisso que dá fazer segurança pública sem que seja política de estado [duradoura], mas como política de governo [passageira]”, disse o coronel Marcelo Gomes Frotas, presidente da Asofbm (Associação dos Oficiais da Brigada Militar).

O estudo sobre a segurança foi encomendado pela Asofbm, entidade que representa os policiais militares de patentes superiores. Procurada por VEJA para comentar a pesquisa, a SSP não quis se manifestar sobre os resultados.

A Asofbm também divulgou pesquisa sobre a aprovação do governo de José Ivo Sartori (PMDB): apenas 5,5% dos entrevistados aprovam seu governo. Através da Secretaria de Comunicação, o governo informou que não irá comentar a pesquisa. Na área da segurança, apenas 2,9% aprovam a gestão. A violência é tanta que os crimes no noroeste do estado chegaram a receber o nome de “cangaço” por causa da violência.

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Para 88,2% dos entrevistados, a violência aumentou nos últimos três anos, desde que o governador José Ivo Sartori (PMDB) assumiu o comando do estado. Na cidade de Gravataí esse número é ainda maior, 96% dos entrevistados acredita que a violência aumentou.

A maioria (68%) dos moradores da região metropolitana de Porto Alegre mudou seus hábitos por causa da insegurança. Entre as principais mudanças adotas está deixar de sair à noite (41%) e ter cuidado nas ruas (23,8%). Há ainda quem saia somente quando necessário (5,9%).

Questionados sobre as causas da insegurança, os moradores da região metropolitana destacaram principalmente quatro pontos: drogas/tráfico (29,2%), desemprego (21,2%), falta de policiamento (12,7%) e leis que não funcionam (10,7%). Do total, 63,8% contaram ter sofrido violência ou têm algum familiar que sofreu.

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Nem na própria casa os gaúchos se sentem protegidos: 3,3% se sentem muito inseguros dentro de casa, 19,8% se sentem inseguros e 38,7% se sentem parcialmente seguros.

“O governo traz o conceito de que é possível fazer mais com menos. Dizem que é possível otimizar e fazer mais. Quero dizer, rompendo com esse mito, que não é possível”, disse o coronel Marcelo Gomes Frotas, presidente da Asofbm. O governo enfrenta uma grave crise financeira com salários dos policiais parcelados há dois anos e cortou investimentos na área.

O estudo da Asofbm, conduzido pela Segmento Pesquisas, abrange as cidades de Canoas, Alvorada, Gravataí, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Esteio e Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre e tem margem de erro de 4% para mais ou menos nos resultados. A pesquisa ouviu 600 pessoas.

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