Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Rio Grande do Sul Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Veja correspondentes
Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens gaúchos. Por Paula Sperb, de Porto Alegre
Continua após publicidade

Crise é instrumento para tirar direitos, diz deputado gaúcho

Tesouro Nacional rejeitou proposta de recuperação fiscal do Rio Grande do Sul

Por Paula Sperb
24 nov 2017, 18h36

A Secretaria do Tesouro Nacional rejeitou, nesta semana, a proposta do governo do Rio Grande do Sul para aderir ao regime de recuperação fiscal do governo federal, como fez o Rio de Janeiro. Segundo o órgão, o estado não cumpre um dos requisitos previstos na legislação, que é destinar 70% das receitas para despesas com pessoal. O estado usa 57,98% de sua receita com a folha salarial.

A recusa do Tesouro fez com que deputados estaduais de oposição emitissem uma nota dizendo que o parecer “desmente” o governador José Ivo Sartori (PMDB). “O discurso de crise do governador Sartori caiu por terra, em definitivo, com a posição da Secretaria do Tesouro Nacional. Os dados comprovam o que a oposição vem afirmando nestes três anos de governo Sartori. Há um hiperdimensionamento da crise financeira do estado para justificar as políticas de arrocho salarial, aumento de impostos, desmonte do estado e privatizações das empresas públicas que o PMDB e seus aliados querem levar a cabo no RS”, diz a nota assinada pelas bancadas do PT, PCdoB e PSOL e pela deputada Juliana Brizola (PDT) – parte do PDT segue na base do governo.

“O governo usa dificuldades históricas como instrumento para chantagear e tirar direitos”, disse a VEJA o deputado Tarcísio Zimmermann (PT). “No primeiro ano do governo Sartori [2015], os salários foram pagos em dia, exceto nos meses de julho e agosto, nas vésperas da votação do pacote de aumento do ICMS e de extinção das secretarias e fundações. O governo fez chantagem”, opinou Zimmermann.

O deputado estadual Tarcísio Zimmermann (PT) critica Sartori: “O governo usa dificuldades históricas como instrumento para chantagear e tirar direitos” (Marcelo Bertani, Agência ALRS/Divulgação)

Sartori parcela os salários dos servidores há praticamente dois anos. Das últimas cinco gestões, três parcelaram salários estaduais: Sartori (PMDB, 2015-2018), Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010) e Germano Rigotto (PMDB, 2003-2006). Os governadores petistas Tarso Genro (2011-2014) e Olívio Dutra (1999-2002) não fizeram parcelamentos.

Continua após a publicidade

Por causa da crise que se arrasta há décadas, o governo gaúcho tem investido esforço em fazer com que o estado possa aderir à recuperação fiscal e já chegou a dizer que, sem a adesão, pode ocorrer um “colapso” dos serviços públicos. O déficit estimado para 2018 é de 6,9 bilhões de reais. Nesta semana, Sartori enviou à Assembleia projeto para descartar a exigência de plebiscito, como prevê a lei gaúcha, para privatizar três estatais, da área de energia elétrica, gás e mineração.

Na última quinta-feira, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, anunciou que vai buscar uma conciliação na questão do regime de recuperação fiscal e que o governo deve elaborar um novo pré-acordo. Segundo a pasta, a diferença entre o percentual exigido pela lei e o apresentado pelo estado é a base do cálculo do Tesouro, que excluiu gastos com pensão, por exemplo, das despesas com pessoal. “Nós temos mecanismos que seguramente haverão de superar isso. Até porque, o pedido de pré-acordo pode ser, tantas vezes quanto necessárias, protocolado”, disse.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.