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O choque de refugiados norte-coreanos ao alcançar o mundo livre

Reportagem de VEJA em 2013 mostrou as dificuldades que perseguem aqueles que conseguem escapar da tirania da dinastia Kim

Por Da Redação Atualizado em 8 jul 2017, 03h23 - Publicado em 8 jul 2017, 03h22
VEJA de maio de 2013
VEJA de maio de 2013. Clique para ler a reportagem (Reprodução/VEJA)

A tirania norte-coreana é especialmente cruel porque não poupa nem quem consegue fugir. “Para eles, o regime reservou outro castigo: o sofrimento de se sentir para sempre uma aberração”, observava reportagem de VEJA de 15/05/2013, intitulada “Não bastou escapar do inferno”. Isso porque, depois de arriscar a vida para deixar para trás uma das mais brutais ditaduras da história, os refugiados deparam-se com outras dificuldades chocantes: “Aprender a usar a escada rolante, a fazer compras e a conviver com a discriminação e a descoberta de que passaram a vida toda enganados pelo governo”.

VEJA visitou naquele ano o controladíssimo centro Hanawon, em Seul, na Coreia do Sul, onde um grupo de sobreviventes da miséria norte-coreana recebe uma espécie de treinamento antes de entrar efetivamente em contato com um mundo livre. “Para quem acabou de chegar de Marte, tudo é novidade”, dizia a reportagem, exemplificando que no “depauperado norte, até a energia elétrica é um luxo, o que obriga as famílias que não moram em Pyongyang a ir dormir assim que o sol se põe, igualzinho na Idade Média.”

A reação dos refugiados ao conhecer a capital Seul, repleta de arranha-céus e shopping centers, impressiona. “Alguns ficam duas noites sem dormir depois de voltar da excursão”, contou Jung Hun Seung, diretor do Hanawon.  Outro grande choque para o grupo são as aulas de história, nas quais descobrem, por exemplo, que a guerra entre as Coreias, há quase 70 anos, começou com uma invasão do norte – e não o contrário, como aprenderam – e a terra da dinastia Kim não é o “Paraíso dos Trabalhadores”.

“São informações que provocam nervosismo e desconforto nos alunos”, explicou Seung. “Mas há algo mais difícil para eles do que absorver informações políticas, que é entender as regras de mercado”. Sem compreender conceitos como esforço, competição e meritocracia, os norte-coreanos se sentem discriminados ao perceber que viver na Coreia do Sul não significa, automaticamente, que terão um emprego, uma casa e um carro, como os sul-coreanos que veem em Seul.

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A reportagem visitou também a cidade chinesa de Dandong, separada da cidade norte-coreana de Sinuiju pelo Rio Yalu, onde ocorre uma prática tão bizarra quanto cruel. “Aviste a Coreia do Norte e fale com um norte-coreano”, diz a placa na entrada do porto improvisado, onde turistas atiram comida aos famintos filhos de Kim Jong-un. “Aos olhos da Ásia rica, os norte-coreanos não são apenas cidadãos de segunda categoria. A bizarria do regime dos Kim transformou-os em seres exóticos como um panda azul”, anotava a reportagem.

Guerra?

Pyongyang ameaçava então transformar Seul em “um mar de fogo” e “varrer do mapa os agressores americanos”. Bravatas, claro. “Mas o fato de a Coreia do Norte ter um programa nuclear e antecedentes nada recomendáveis – que incluem o assassinato de 115 pessoas no atentado a um avião sul-coreano em 1987 – impede o mundo de ignorar as bravatas de seu supremo e rechonchudo líder”, apontava VEJA. “Kim Jong-un pretende mesmo ir à guerra? Tem bala para tanto? Como detê-lo?”. São perguntas que continuam desafiando a diplomacia mundial, como atesta a mais recente rodada de exercícios militares e lançamentos de mísseis por parte dos norte-coreanos, a que se seguiram reprovações e ameaças das potências ocidentais.

Clique para ler a íntegra da reportagem de 15 de maio de 2013 

 

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