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Greve de policiais: caos, violência, anistia… e mais greve

Em 2012, paralisação de policiais espalhou o medo primeiro na Bahia, depois no Rio de Janeiro. E os grevistas acabaram anistiados

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h02 - Publicado em 10 fev 2017, 16h11
VEJA de 15/02/2012. Clique para ler a reportagem
VEJA de 15/02/2012. Clique aqui para ler a reportagem (Reprodução)

Em 2012, a Bahia viveu 12 dias de terror com a paralisação de policiais, como agora no Espírito Santo. Mais de 150 pessoas foram assassinadas só na região metropolitana de Salvador. Pelo menos sessenta ônibus foram assaltados na capital e dezenas de lojas, saqueadas. As escolas suspenderam as aulas, e poucos se atreviam a sair às ruas à noite, relatou VEJA de 15/02/2012. O movimento grevista chegou então ao Rio de Janeiro e ameaçou contagiar outros doze estados e o Distrito Federal.

A Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ligavam o motim ao desfecho de uma paralisação no Ceará, um mês antes. “A concessão de reajuste de 56% para os policiais e a anistia geral e irrestrita promovida pelo governador Cid Gomes (PSB) em seguida teriam, segundo as investigações, encorajado os policiais baianos e ajudado a deflagrar movimentos em vários outros pontos do país”, dizia a reportagem de VEJA, observando que Cid não fora o primeiro a anistiar grevistas:

“O ex-presidente Lula foi quem inaugurou a prática. Em 2010, ele sancionou uma lei que agraciava com anistia policiais grevistas de oito estados, além do Distrito Federal. O pacote de perdão incluía os baianos que sitiaram Salvador em 2001 sob o comando do mesmo Marco Prisco (um dos líderes do movimento de 2012, mais tarde eleito vereador e deputado estadual). No ano passado (2011), a presidente Dilma Rousseff repetiu o erro de seu antecessor – sancionou um projeto do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anistiando os bombeiros que se aquartelaram no Rio. Durante a tramitação da proposta, o texto contemplou grevistas de outros doze estados e do Distrito Federal. Na semana passada, porém, a presidente declarou que não haverá anistia no caso dos grevistas da Bahia.”

Mas houve. Em 2013, os termos da anistia concedida em 2011 foram alargados para abranger mais estados e um intervalo maior de tempo. Em 2014, a Bahia sofreu com nova greve, nova onda de saques, mais quarenta assassinatos em apenas dois dias. E veio nova anistia: em 2016, com Michel Temer na Presidência interina, os termos da lei de 2013 foram outra vez estendidos. Previsivelmente, a anistia já entrou para a agenda do movimento que tirou das ruas a polícia do Espírito Santo, onde já se registraram mais de 100 mortes desde o início do motim – e que, como em 2012, ameaça agora alastrar-se por outros estados.

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