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Aos 35 anos, Roger Federer cumpre profecia de Pete Sampras

Ao ter o recorde de 14 Grand Slams batido, o americano apostava que o suíço podia chegar à impressionante marca de '18, 19' títulos

Por Da redação
Atualizado em 2 fev 2017, 10h12 - Publicado em 31 jan 2017, 00h12
VEJA de 01/12/2004. Clique aqui para ler a reportagem
VEJA de 01/12/2004. Clique aqui para ler a reportagem (Reprodução)

Aos 35 anos, o suíço Roger Federer venceu no domingo o espanhol Rafael Nadal na final do Aberto da Australia e voltou ao top 10 do tênis mundial. Foi seu 18º título de Grand Slam. O primeiro foi em 2003, em Wimbledon, contra Mark Philippoussis. No ano seguinte, numa arrasadora temporada de 74 vitórias em 80 jogos, Federer impunha-se como o nº 1 do mundo, posição que guardaria por 302 semanas, 237 seguidas, ambas marcas recordes. Naquele ano, reportagem de VEJA observou que a ascensão meteórica de Federer já fazia o mundo esquecer o americano Pete Sampras, recém-aposentado:

“Quando o americano Pete Sampras anunciou que havia pendurado a raquete, no ano passado, os fãs de tênis se sentiram órfãos. Dizia-se que levaria muito tempo até surgir um jogador como Sampras, que dominou sua geração e bateu o recorde de títulos de Grand Slam, com catorze conquistas nos quatro torneios mais importantes do mundo (Wimbledon, na Inglaterra, e os abertos da Austrália, da França e dos Estados Unidos). Apenas um ano depois, o mundo do esporte já esqueceu Sampras. O que se debate agora é se Roger Federer será ou não o maior tenista de todos os tempos. O suíço de 23 anos destroçou todos os adversários em 2004, com uma facilidade jamais vista desde que o circuito profissional foi criado, nos anos 70. Federer venceu três dos quatro torneios do Grand Slam — só perdeu o Aberto da França, derrotado pelo brasileiro Gustavo Kuerten na terceira rodada — e arrematou uma temporada quase perfeita ao ganhar na semana passada o Masters, torneio em que se enfrentam os oito melhores tenistas do ano. ‘Ele pode se tornar o melhor homem que já jogou tênis’, diz John McEnroe, outro superex-campeão.”

A superioridade de Federer logo se tornaria incontestável.

VEJA de 02/02/2005. Clique aqui para ler a reportagem
VEJA de 02/02/2005. Clique aqui para ler a reportagem (Reprodução)

Em 2005, o suíço falou a VEJA de suas motivações, a rotina de treinos, os cuidados com a imagem e de seu único receio: contusões.

Você nunca fica farto com tantas partidas? Eu me acostumei. Gostaria de ter férias mais longas no fim do ano. Infelizmente, não dá para ficar pensando em folga se tenho de participar de um torneio na Austrália logo em janeiro. De qualquer forma, se estiver muito cansado, consigo uma folga. Posso mudar meus planos da maneira que quiser, conforme a necessidade. O que importa é tentar enxergar a carreira como um projeto de longo prazo.

O que você acha do Gustavo Kuerten? Ele me traz más lembranças. Foi o único jogador que me venceu numa partida de Grand Slam no ano passado. Ele foi perfeito naquele dia. Eu o respeito muito, é um sujeito excepcional e ótimo jogador. É pena que esteja machucado. Espero que se recupere bem e que volte às quadras mais forte do que nunca para que a gente possa disputar mais jogos. Não sei qual é a gravidade da contusão. Ter de passar por duas cirurgias nunca é um bom sinal. Tive poucas chances de jogar contra ele e quero me vingar da última derrota.

Você tem medo que uma contusão encurte sua carreira? Claro. Quando vejo o que aconteceu com Guga e com outros tenistas, sinto que tenho muita sorte. Jogar com dor não é bom. É o que está ocorrendo com Guga. Chega um estágio na vida de um atleta profissional em que ele sente tanta dor que não tem mais prazer em jogar. É uma pena, mas é a vida.

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VEJA de 15/07/2009. Clique para ler a reportagem
VEJA de 15/07/2009. Clique aqui para ler a reportagem (Reprodução)

“18, 19 Grand Slams”

O suíço seguiu praticamente imbatível dentro das quadras – e discreto fora delas. Em 2009, faturou o último dos quatro torneios de Grand Slam que faltava, Roland Garros. Desde a conquista do americano Andre Agassi, havia dez anos que nenhum tenista alcançava a façanha.

No mesmo ano, o suíço conquistaria seu 15º título de Grand Slam, em Wimbledon, batendo o recorde de Pete Sampras. Presente na plateia, o próprio Sampras elogiou o colega com entusiasmo: “É um jogador formidável, tem apenas 27 anos e atuará por muito tempo ainda. Deve chegar a dezoito ou dezenove títulos”. E de fato, mesmo tendo a hegemonia testada em 2008 e eventualmente encerrada no ano seguinte, Federer abocanharia mais três Grand Slams: Australian Open em 2010, Wimbledon em 2012 e, após longo jejum, outra vez o torneio australiano, em 2017.

Que qualidades de Federer o habilitam ao posto de tenista mais bem-sucedido de todos os tempos? Reportagem de VEJA de 15 de julho de 2009 respondia assim: “Alguns jogadores são conhecidos pela grande destreza em algum dos movimentos do jogo. Há tenistas com saques devastadores, em que a bola é arremessada a mais de 200 quilômetros por hora, mas que não sabem arrematar os pontos na rede. Outros são craques em quadras de grama, mas são facilmente batidos em pisos de saibro. O trunfo de Federer é o equilíbrio. Ele não se destaca em um único aspecto do jogo – vai muito bem em todos eles.”

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