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Yunes:“Pacote era para Padilha”; ministro fará cirurgia delicada

Titular da Casa Civil se licencia para cirurgia de retirada da próstata; amigo do presidente diz que recebeu, sim, “pacote” para Padilha em seu escritório

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 24 fev 2017, 14h07 - Publicado em 24 fev 2017, 08h45

 

Goste-se ou não de Eliseu Padilha, o fato é que ele tem sido eficiente, e essa é uma das suas funções, para impedir que pressões da base aliada cheguem diretamente ao presidente. Alguém indagará “Mas não é o que todo chefe da Casa Civil faz?”. Bem, lembrem-se dos desastres de Dilma e cheguem à conclusão. Sendo assim, o governo tem algumas atrapalhações pela frente.

Padilha se licenciou do cargo e rumou para Porto Alegre. Segundo informa Mônica Bergamo, na Folha, vai se submeter a uma prostatectomia radical, que consiste na retirada de toda a próstata.

Não vou aqui especular além do que se informou. O fato é que tal cirurgia é recomendada para os casos de câncer. O crescimento benigno do órgão não recebe esse tratamento. A informação otimista é que tal procedimento só é adotado pelos médicos quando a doença está encapsulada, sem ramificações ou metástases. Nesse caso, a chance de cura passa de 70% segundo especialistas. Trata-se, por óbvio, de uma intervenção agressiva.

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A cirurgia será realizada neste fim de semana, e o ministro certamente ficará de molho alguns dias.

O problema se evidencia numa hora delicada para Padilha. A Folha  informa também que o empresário José Yunes, amigo pessoal do presidente Temer e seu ex-assessor especial, foi espontaneamente à Procuradoria-Geral da República, na semana passada, prestar um depoimento sobre um “pacote” que teria recebido em seu escritório e cujo destinatário era Padilha.

A que isso remete? Segundo a delação de um dos diretores da Odebrecht, num jantar no Palácio do Jaburu, Marcelo Odebrecht acertou, pelo caixa dois, uma doação de R$ 10 milhões para a campanha eleitoral do PMDB em 2014. O partido afirma que a operação foi legal e devidamente registrada. Segundo ainda o delator, um total de R$ 4 milhões seriam confiados a Padilha, e parte desses recursos foi entregue no escritório de Yunes.

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O depoimento do amigo do presidente, segundo consta, não confirma a entrega do dinheiro. Ele diz ter recebido o pacote endereçado a Padilha. Em conversa com o jornal,  chegou a levantar a hipótese de ter sido usado como “mula” da operação.

Bem, o Brasil e o governo passariam melhor sem isso. Mas terão ambos de se haver com isso. É evidente que são fatores que geram instabilidade na base e criam dificuldades adicionais para o presidente.

Vamos ver. Uma hora a gente atravessa esse “portal”, não é? Dadas algumas antevisões, pode ser para pior. Como diria o poeta Horácio, qualquer que seja o destino que nos reservaram os deuses, cumpre suportá-lo.

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