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Um certo “Eles Ninguém” que aposta na crise

Goste-se ou não do governo Dilma, uma coisa é fato: ela tem um estilo menos falastrão do que o do antecessor, e isso é uma coisa boa em si, ainda que a gestão seja fraca. Mas sabem como é a tentação… Nesta terça, a presidente fez um discurso na cerimônia que comemorou o Dia Mundial […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h41 - Publicado em 5 jun 2012, 19h11

Goste-se ou não do governo Dilma, uma coisa é fato: ela tem um estilo menos falastrão do que o do antecessor, e isso é uma coisa boa em si, ainda que a gestão seja fraca. Mas sabem como é a tentação… Nesta terça, a presidente fez um discurso na cerimônia que comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente. Lá pelas tantas, saiu-se com esta:
“Quem aposta na crise, como alguns apostaram há quatro anos atrás, vai perder de novo. Enfrentaremos novas dificuldades com transparência, sem esconder problemas, mas com metódica e cuidadosa ação governamental. Vamos continuar crescendo, incluindo, protegendo e conservando o meio ambiente”.

Algumas coisas, bem poucas, me dão sono. Uma é “filme de arte”; outra é discurso contra o que chamo “Eles Ninguém”. A presidente poderia renunciar a esta péssima herança deixada por Lula: atribuir dificuldades objetivas enfrentadas pelo governo a uma espécie de urucubaca ou de macumba feita pelos “inimigos”. Quem são “eles”, soberana? Quem, afinal, “aposta na crise” ou, sei lá, torce contra o Brasil?

Dilma está pressionada. Cresce a percepção no mundo de que está em curso uma reversão de expectativas no Brasil. O recente pacote de incentivo ao consumo encontra uma sociedade endividada, e é pouco provável que produza os efeitos esperados. No começo do ano, o governo falava em um crescimento de 4%. Hoje, são poucos os que apostam que possa chegar a 3%.

O governo é gastador, e isso não é segredo para ninguém. Embora a carga tributária bata sucessivos recordes (mesmo com expansão modesta da economia), as despesas se expandem sempre mais. Dilma não mudou a perspectiva meramente defensiva em relação a essa questão: “Não adianta defender políticas de ajuste, e nós sabemos disso porque sofremos isso na nossa própria pele, sem que o país cresça”. A questão, e Dilma sabe disso, não está em gastar menos ou mais, mas na qualidade desse gasto.

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