O geógrafo Demétrio Magnoli me envia um e-mail em que lembra que a Universidade de Brasília, mesmo quando usava fotografia para decidir quem era negro, sempre contou com uma comissão para, como direi?, “julgar” os casos dos que recorressem da decisão. Ele me manda também um ensaio de Marcos Chor Maio e Ricardo Ventura Santos. Os autores abordam os caminhos e descaminhos da política na UnB. Mas o que achei verdadeiramente fascinante foi a revelação de algumas perguntas feitas pela tal comissão:
– Você teve ou tem alguma vinculação com o movimento negro?
– Já se sentiu discriminado por causa de sua cor?
– A uma candidato, Alex Fabiany José Muniz, foi perguntado: “Você já namorou alguma mulata?”

Quem compunha a comissão? Um estudante, três representantes do movimento negro, um sociólogo e um antropólogo. Agora, a fotografia não será mais usada. Teremos somente a comissão. A fazer, como se vê, ciência pura. Disse ontem o que penso disso: fascismo de esquerda.