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PSDB congela o que há à espera do que haverá e mantém Aécio

É claro que um país está com severos problemas quando uma questão dessa importância fica na dependência da evolução de uma operação como a Lava Jato

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 6 fev 2017, 17h40 - Publicado em 16 dez 2016, 04h43

Executiva Nacional prorroga mandato de senador na presidência da sigla até 2018; em tempos de delações, é melhor deixar como está para ver como fica.

A Executiva Nacional do PSDB prorrogou o mandato do senador Aécio Neves na presidência do partido até maio de 2018. Houve 29 votos favoráveis e dois contrários: dos deputados paulistas Silvio Torres e Eduardo Cury, ambos ligados ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Rivais históricos nas hostes internas da legenda, Aécio e José Serra, ministro das Relações Exteriores, se uniram em favor da prorrogação — afinal, do outro lado, está Alckmin.

Diz-se, e com razão, que o governador de São Paulo foi o grande vitorioso da eleição de 2016. Fez o prefeito da capital, conquistou outras prefeituras importantes no interior, esmagou o PT no Estado. Seus apoiadores dizem que a direção do partido não reflete a importância de sua liderança. Se Minas frustrou Aécio mais uma vez, é fato que a legenda, sob a sua batuta, foi a mais bem-sucedida no pleito municipal.

É claro que a vaga do partido na disputa pela Presidência da República, em 2018, é que está em jogo. Nesse sentido, a dupla Aécio-Serra acabou se posicionando melhor. Mas dizer o quê?

Nesses tempos, na política brasileira, a semana passada já está longe demais, e a semana próxima é futuro incerto. Atribui-se a Sócrates a frase-símbolo da humildade intelectual: “Só sei que nada sei”. Hoje em dia, na vida pública brasileira, não há nada de humildade nisso. É só uma questão de fato.

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Em outros tempos, talvez a disputa pelo comando do PSDB pudesse gerar uma disputa aguerrida. Hoje em dia, se querem saber, todo mundo prefere esperar. Os três senhores dessa batalha ainda não sabem que lugar o Ministério Público Federal lhes reserva na narrativa da Lava Jato.

Levantamento do Datafolha da semana passada indica que, em relação a março, os três perderam intenção de voto. Pesquisas a esta altura valem muito pouco. Mas refletem, em certa medida, como o eleitorado está lendo o jogo.

Alckmin não vai abrir guerra contra a direção do partido, é evidente, porque isso não é do seu interesse. Tampouco interessa aos vitoriosos da hora uma animosidade aberta com o governador de São Paulo, que tem um ativo e tanto nas mãos. E como todos os absolutos são relativos debaixo do porrete da Lava Jato, convém, então, esperar.

É claro que um país está com severos problemas quando uma questão dessa importância fica na dependência da evolução de uma operação como a Lava Jato. Mas essa é hoje a situação de quase todas as lideranças políticas relevantes do país.

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Afinal, o andamento da operação e as escolhas feitas pelo Ministério Público, como sabemos, optaram por não distinguir o processo que levou o PT a montar uma máquina para assaltar o estado e o estado de direito da convivência perniciosa da política com interesses privados. É tudo ruim. Mas há escalas de ruindade que desapareceram.

Assim, o PSDB decide congelar o que há à espera do que haverá.

 

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