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Os bananas da imprensa e os bananas do governo acordam para a realidade na Inglaterra

A imprensa britânica acordou para o que está em curso em Londres e outras cidades. Acordei primeiro. Escrevi ontem a respeito. Dei o meu remédio sociologicamente fundamentado: democracia de uniforme — ou seja: polícia. Se preciso, Forças Armadas. Os ratos têm de voltar para a toca. Os vagabundos não são mais chamados de “manifestantes”, na […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h08 - Publicado em 11 ago 2011, 07h31

moradora-pula-de-predio-em-chamasA imprensa britânica acordou para o que está em curso em Londres e outras cidades. Acordei primeiro. Escrevi ontem a respeito. Dei o meu remédio sociologicamente fundamentado: democracia de uniforme — ou seja: polícia. Se preciso, Forças Armadas. Os ratos têm de voltar para a toca. Os vagabundos não são mais chamados de “manifestantes”, na linguagem politicamente correta da esquerdista BBC; agora são “vândalos” mesmo. Ah, bom!

David Cameron, o primeiro-ministro, integra a safra dos bananas europeus. Mostrou-se mais rápido para bombardear a Líbia do que para conter os arruaceiros. O garotão estava de férias. Achou que poderia continuar. Deu ordens à Scotland Yard para que não usasse a força bruta. Quer ser um conservador com coração, quando a melhor virtude do conservadorismo sempre foi o cérebro.

A imprensa britânica resolveu fazer sociologice cretina: desemprego alto entre os jovens, falta de perspectiva, crise européia… Esqueciam-se do óbvio: não há uma escala de dificuldades no país que justifique os atos de extrema violência. Em Birmingham, três paquistaneses que tentavam proteger seu comércio da ação de vândalos morreram atropelados. Um sujeito jogou o carro contra o grupo. Os vândalos queimaram  Londres, e Cameron queimou o filme: uma pesquisa indica que 57% acreditam que ele lidou mal com a crise; nada menos de 77% pedem o Exército nas ruas. As pessoas decentes estão certas, é claro!

Foi preciso que uma foto dramática chamasse à razão a imprensa inglesa — esta que vocês vêem no alto. A fotógrafa Amy Weston, da Agência Wenn, fotografou a polonesa Monica Konczyck, de  32 anos, pulando de um prédio em chamas. Sim, senhores, os bandidos não estão apenas saqueando lojas. Também incendeiam prédios residenciais. A foto virou um emblema dos distúrbios. Era impossível chamar aquela gente de “manifestantes” — mais ou menos como a imprensa brasileira chama terrorista de “ativista”.

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No post acima, digo que a democracia vive um crescente desprestígio. O fato de esquerdistas de vários matizes ocuparem os órgãos formadores de opinião pública, com as suas bobagens sobre democracia direta, faz com que vândalos sejam tomados como agentes da transformação social. Bandidos disfarçados de estudantes — estariam lutando contra os herdeiros políticos de Pinochet… — fazem, em essência, o mesmo no Chile. Disfarçam seu vandalismo com uma pauta que sabem que não pode ser cumprida. Na imprensa brasileira, já foram associados até aos egípcios que ocuparam a Praça Tahir, como se o Chile fosse uma ditadura…

Manifestações que evoluem para a violência têm um único remédio nas democracias: o cassetete democrático. O resto é esquerdopatia. Foi preciso que uma mulher pulasse de um prédio em chamas para que se revelasse a real natureza dos protestos de Londres. E para que se revelasse a real natureza de boa parte da imprensa considerada séria. E para que se revelasse David Cameron é… um banana com coração.

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