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O futuro da Editora Três, que publica a “IstoÉ”

Tudo estava caminhando bem para que o empresário João Carlos Camargo, conhecido como “Camarguinho”, em associação com a família Saad, que tem o controle do grupo Bandeirantes, ficasse com 50% das ações da Editora Três, que pertence a Domingo Alzugaray e edita a revista IstoÉ. Mas parece que Camarguinho desistiu. Era apenas uma das propostas. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h39 - Publicado em 28 fev 2007, 04h10
Tudo estava caminhando bem para que o empresário João Carlos Camargo, conhecido como “Camarguinho”, em associação com a família Saad, que tem o controle do grupo Bandeirantes, ficasse com 50% das ações da Editora Três, que pertence a Domingo Alzugaray e edita a revista IstoÉ. Mas parece que Camarguinho desistiu. Era apenas uma das propostas. Há outras, de que falo abaixo. Segundo informações que circulam no mercado, a editora deve ao governo cerca de R$ 500 milhões — impostos atrasados —, outros R$ 40 milhões a bancos e tem, ao menos, R$ 24 milhões de dívidas trabalhistas. De onde sairia toda essa dinheirama?
Nesse ponto, entraria uma personagem que foi apresentada aos leitores de Veja na edição desta semana: André Esteves (foto), um jovem — 38 anos — e talentosíssimo bilionário, diretor-presidente na América Latina do banco suíço UBS. É um homem ousado e articulado. Segundo informa a Veja, “Esteves (…) ergueu sua vida profissional dentro do Banco Pactual, no qual ingressou como estagiário, em 1989 (…). Em 1999, liderou o traumático levante societário que forçou a saída do fundador do Pactual, Luiz Cezar Fernandes”. Que não gostou do choque: “Sempre tive consciência de que Esteves venderia a mãe para ter o poder“. Escreve ainda a revista: “Esteves desenvolveu habilidades políticas. Desde que o PT chegou ao Planalto, passou a mover-se com desenvoltura nos círculos do poder. Numa economia espremida pelo Estado, percebeu que o contato com figuras-chave da República lhe abriria portas. Em 2003, aproximou-se do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e de seu chefe-de-gabinete, Juscelino Dourado.” E não descuidou do refinamento pessoal: “Como todo rico de trajetória meteórica, começou a colecionar obras de arte (há quem afirme que Lichtenstein é um dos seus preferidos) e a apreciar bons vinhos” (assinante lê integrado perfil aqui).
Nessa opção, Camarguinho ficaria com 25% das ações, os Saad com outros 25% — o que custaria a cada um R$ 45 milhões —, e Alzugaray permaneceria formalmente no comando, embora a idéia fosse fazer de Camarguinho o publisher de fato. Mas, até onde apurou este blog, ele desistiu. Para quem não lembra, foi secretário particular da ex-ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello. Parece mesmo estar fora do negócio. Os outros, não se sabe.

Daniel Dantas
O empresário Daniel Dantas, dono do Opportunity, também quer comprar 51% das ações da Editora Três. No comando, ele gostaria de ter Marcos Elias, que controla a gestora de recursos Latin America Equity Partners (Laep Brasil), especialista em comprar e reestruturar empresas em dificuldades, a exemplo do que fez com a Parmalat, no ano passado. A IstoÉ Dinheiro já publicou um perfil do empresário, dono de um “largo sorriso” (clique aqui para ler).

Tanure
Outro que demonstra disposição de ficar com parte da Editora Três é Nelson Tanure, que hoje controla o Jornal do Brasil, a Gazeta Mercantil e a antiga Rede CNT, que ele arrendou. O empresário quer a Três em seu grupo de mídia por pelo menos três anos, ao término dos quais teria preferência de compra do restante das ações. Quem aproximou Tanure e Alzugary, que ficaria, nessa primeira fase, como presidente do conselho da editora, foi o hoje consultor de empresas privadas José Dirceu.
Ah, sim: há gente poderosa no governo que já disse ao ainda dono da Editora Três que vender a empresa a Daniel Dantas é uma péssima idéia, coisa com a qual Dirceu não deve concordar de jeito nenhum.

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