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O “Mein Kampf” de Lula. Ou: “Como calar a boca dos judeus”

Na democracia, é legítimo o candidato A se dizer melhor do que o candidato B, C ou D. De fato, todo o processo se resume a isto: “Tenho mais competência do que meus competidores; minhas propostas são melhores; comigo, o Brasil (o Estado, a cidade…) será um lugar melhor, e as pessoas, mais felizes”. Na […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h11 - Publicado em 20 set 2010, 17h08

Na democracia, é legítimo o candidato A se dizer melhor do que o candidato B, C ou D. De fato, todo o processo se resume a isto: “Tenho mais competência do que meus competidores; minhas propostas são melhores; comigo, o Brasil (o Estado, a cidade…) será um lugar melhor, e as pessoas, mais felizes”.

Na democracia, é legítimo que o candidato X, além de apontar as próprias qualidades, aponte as falhas dos adversários. Os estrategistas de campanha decidem a maneira como fazer uma coisa ou outra — ou as duas.

Na democracia, não é legítimo questionar o direito que “O outro” tem de participar da disputa se ele estiver de acordo com os parâmetros estabelecidos pela lei. Quem opta por essa prática não quer democracia, mas ditadura; não quer vencer o adversário, mas destruir um inimigo. Quem opta por essa prática quer usar a democracia para destruí-la.

É o caso de Lula. No horário eleitoral da campanha para o governo de São Paulo, o presidente da República foi a TV para afirmar:
“É uma vergonha que o Estado mais rico, que deveria ser exemplo de politização, possa ser o retrocesso votando em alguém que nós sabemos não ter a alma do povo brasileiro, que não pensa o povo, não pensa o Brasil”.

Isso é fascismo, não é democracia! Lula não está dizendo por que o seu candidato seria melhor do que o outro candidato; não está apontando as falhas do adversário . “O outro” não está na categoria das pessoas com idéias erradas; ele é  motivo da “vergonha” que deveria sentir o eleitorado. Para Lula, só é legítimo o voto num petista.

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Na madrugada, apontei a similaridade entre o discurso petista e a forma como os nazistas viam os seus inimigos. Na resta final de seu mandato, mergulhado em escândalos, Lula evidencia que é, sim, um líder autoritário, que contribui para estreitar o espaço da democracia.

Até onde ele vai? Até onde se permitir que vá. Quem pode contê-lo? Os que têm algum compromisso com as regras da disputa democrática. Quantas e quais são essas pessoas hoje? E o que teremos de ver.

Lula está disposto a destruir a oposição para que seu partido possa governar sozinho. Dando certo essa etapa da “sua luta”, a próxima é encabrestar os meios de comunicação.

Voltando ao texto desta manhã, Lula está em plena campanha para “calar a boca dos judeus”.

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