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New York Times publica anuncio anticatólico, mas se nega a publicar anúncio anti-islâmico

Na BBC, nós já vimos aqui, é permitido insultar cristãos e fazer pilhéria de Jesus Cristo, mas é proibido tornar pública qualquer referência crítica ao profeta Maomé. Chegou a vez de o New York Times evidenciar a sua dupla moral. O cristianismo é hoje a religião mais perseguida do mundo — INCLUSIVE NOS PAÍSES CRISTÃOS, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h19 - Publicado em 16 mar 2012, 08h15

Na BBC, nós já vimos aqui, é permitido insultar cristãos e fazer pilhéria de Jesus Cristo, mas é proibido tornar pública qualquer referência crítica ao profeta Maomé. Chegou a vez de o New York Times evidenciar a sua dupla moral. O cristianismo é hoje a religião mais perseguida do mundo — INCLUSIVE NOS PAÍSES CRISTÃOS, O QUE É ESPANTOSO! Qual é o ponto? No dia 9 de março, o New York Times publicou este anúncio, segundo informa a FoxNews.com.

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Ele convida os católicos a abandonar a Igreja. Indaga por que enviam seus filhos para a doutrinação e classifica de equivocada a lealdade a uma fé marcada por “duas décadas de escândalos sexuais envolvendo padres, cumplicidade da Igreja, conluio e acobertamento, da base ao topo da hierarquia”.

Muito bem! Tudo em nome da liberdade de expressão e da liberdade religiosa, certo? Ocorre que a blogueira Pamela Geller, que comanda a página “Stop Islamization of America”, tentou pagar os mesmos US$ 39 mil dólares para publicar no mesmo New York Times um anúncio convidando os muçulmanos a abandonar a sua religião. E O NEW YOR TIMES SE NEGOU! Assim:

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Pamela afirma que seu anúncio era baseado naquele anticatólico. Dirigindo-se aos muçulmanos, indagava: “Por que pertencer a uma instituição que desumaniza mulheres e os não muçulmanos (…)? E convidava: “Junte-se àqueles que, como nós, colocam a humanidade acima dos ensinamentos vingativos, odiosos e violentos do profeta do Islã”.

Ao comentar a recusa, Pamela afirmou: “Isso mostra a hipocrisia do New York Times, a excelência do seu jornalismo e sua disposição de se ajoelhar diante da pregação islâmica”.

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Eileen Murphy, porta-voz do New York Times, repete a resposta que teria sido enviada a Pamela quando houve a recusa: “Nós não nos negamos a publicar. Decidimos adiar a publicação em razão dos recentes acontecimentos no Afeganistão, como a queima do Corão e o assassinato de civis por um membro das Forças Armadas dos EUA. Acreditamos que a publicação desse anúncio agora poderia pôr em risco os soldados e civis dos EUA, e nós gostaríamos de evitar isso”.

Encerro
Huuummm… A resposta é a mesma dada por aquele rapaz da BBC. A síntese é a seguinte: “Como os cristãos não são violentos, então a gente pode insultá-los à vontade. Não mexemos com os muçulmanos porque, vejam bem!, eles podem reagir. E a nossa valentia não chega a tanto.” Em “Máximas de Um País Mínimo”, escrevi que pregar a morte de Deus no Ocidente é coisa de covardes; corajosos pregariam a morte de Alá em Teerã. Fase e frase superadas. Os covardes não têm coragem de criticar o Islã nem no Ocidente!

Noto que a resposta oficial do New York Times já é um mimo da autoflagelação. A queima dos livros do Corão, é evidente, foi acidental. Os EUA inteiros não podem ser culpados pelo gesto tresloucado de um soldado, que será punido — à diferença dos terroristas, que ficam sempre impunes. “Ah, mas eles entendem de outro modo!” Entendi… Se eles entendem de outro modo…

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Esses valentes, pelo visto, querem convencer os cristãos de que a sua opção pela não-violência foi um erro. Agissem como os radicais muçulmanos, seriam preservados do achincalhe dos covardes. Que os cristãos sigam defendendo a paz e a superioridade moral do seu postulado.

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